“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”
Eis a resposta de Pedro à pergunta que Jesus fez sobre Sua identidade: “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16)
O Bispo Santo Irineu (séc. II), com poucas palavras descreve o que significa o nome de Cristo:
“É, aliás, o que indica Seu próprio nome, pois no nome de Cristo está subentendido Aquele que ungiu, Aquele que foi ungido e a própria Unção com que Ele foi ungido: Aquele que ungiu é o Pai, Aquele que foi ungido é o Filho, e o foi no Espírito, que é a Unção” (1).
No Mistério da Santíssima Trindade, contemplamos a comunhão de três Pessoas e um só Deus: o Pai ungiu, o Filho foi ungido e a Unção é o próprio Espírito.
Esta definição nos remete à afirmação do Bispo e Doutor da Igreja, Santo Agostinho (séc. V), aludindo à comunhão da Santíssima Trindade: “na Cruz, se revela o encontro dos três Amores: Deus Pai, o eterno Amante; Deus Filho, o eterno Amado; Deus Espírito, o eterno Amor”.
Pelo Batismo somos ungidos pelo óleo, e também no Sacramento da Crisma, quando recebemos a plenitude dos dons do Espírito, quando na unção se diz, ao assinalar a fronte do crismando: “Recebe por este sinal + o Espírito Santo, o dom de Deus”.
Deste modo, também somos ungidos, marcados pelo selo do Espírito para ser sinal de Deus no mundo, proclamando e testemunhando a Boa-Nova que o Senhor nos anunciou e ao mundo nos enviou para continuar a Sua missão.
Contemplemos a Santíssima Trindade, e mergulhemos no Mistério imenso e intenso de amor destas três Pessoas.
(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 438
Reflexão apropriada para a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 9,18-24)
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