quinta-feira, 22 de agosto de 2024

“Maria, aurora de um mundo novo”

                                                      

“Maria, aurora de um mundo novo

“Ó Maria, aurora de um mundo novo, vem
nos ensinar a acolher, a celebrar e a testemunhar!”

Celebraremos, no dia 22 de agosto, a Memória de Nossa Senhora Rainha, oito dias após a Celebração de sua Assunção aos céus, de corpo e alma, numa estreita ligação entre a Assunção e a glorificação de Nossa Senhora:

“A realeza messiânica é o estado a que são destinados todos os cristãos. Maria foi a primeira a realizar em si a promessa de Jesus: ‘Comereis e bebereis à minha mesa no meu reino e sentar-vos-eis em tronos para julgar as doze tribos de Israel (Lc 22,28-30)'”. (1)

Maria, Mãe e Rainha, é a aurora de um mundo novo, e nos ensina a acolher:

- em nosso coração, cotidianamente, a semente do Verbo;
- os Mistérios e desígnios de Deus sem mesmo os compreender;

- as alegrias e também as tristezas que fazem parte da vida;
- a vida desde sua concepção até seu declínio natural;

- o irmão e a irmã da comunidade, para além das diferenças que nos marcam;
- as diferenças culturais que entre nós possam existir;

- as cruzes que forem transpassadas em nossa alma, como bem soube acolher;
- as dores da Sexta-Feira Santa, a escuridão que separou a acolhida do Mistério da Alegria na madrugada da  Ressurreição.

Maria, Mãe e Rainha,  é a Aurora de um mundo novo, e nos ensina a Celebrar:

- a tradição do povo na apresentação do Senhor;

- a Páscoa, não mais a Páscoa do Egito, mas a Páscoa do seu Filho;
- as vitórias e também as inevitáveis aparentes derrotas, pois no seu Filho e com Ele somos mais que vencedores;

- a dureza da caminhada, as pedras e espinhos dos caminhos, que entre rosas vamos colhendo, aceitando com agradecimento;

- a fé no presente, ancorados pela esperança, para que esta mesma num futuro se concretize, incansáveis mergulhos no escuro, para emergir na claridade de sua luz.

Maria, Mãe e Rainha, é a Aurora de um mundo novo, e nos ensina a testemunhar:

- com a palavra e a vida a fé que em seu Filho professamos;
- que a Vida venceu a Morte;

- que seu Filho tendo nos amado, nos amou até o fim, e a mesma coisa devemos fazer;
- que o Reino por seu filho inaugurado ao mundo deve ser anunciado;

- com coragem como ela fez, uma mulher pura, guerreira, lutadora e fiel;
- que somente o bem poderá vencer todo mal;

- que temos em nós a morada preciosa de seu Filho, porque como templos do Espírito, somos portadores de inalienável sacralidade;

- que foi para a liberdade que seu Filho por nós a Vida entregou, para que em Seu Espírito a liberdade plena e divina todos os dias vivenciar;

- que seu Filho é a Verdade que nos liberta e nos faz verdadeiramente livres;
- que com seu Filho seguimos e não andamos nas trevas, mas temos a luz da vida.

- que vivendo e acreditando em seu Filho, alcançaremos a Vida Eterna;
- que na provisoriedade do Banquete Sagrado, participa conosco e aponta para o Banquete da Eternidade.

Recorramos sempre a Maria, aurora de um mundo novo. Ela mãe e mestra, em cujo coração as virtudes em beleza se rivalizam, sempre algo novo a nos dizer terá, sempre algo novo em nosso coração colocará, Ela que está sentada à direita do Filho, Ela que é nossa Mãe e Rainha. Amém.


(1) Missal Cotidiano – Ed. Paulus p. 1718

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