segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

"Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”

                                          

                   "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”
 
Gostar de mais ou amar menos?
 
Demos um passo naquilo que há de mais essencial no ser cristão: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
 
Amar, capacidade inata à pessoa humana, pois o amor é por Deus plantado como semente em nosso coração, antes mesmo de nascermos.
 
Deste modo é preciso mais do que gostar demais, ou amar menos, amar muito mais, para que sejamos misericordiosos como o Pai (Lc 6,36):

Em primeiro lugar, amar mais nas famílias:
 
A família é o “berço das vocações e santuário da vida”, é o espaço para se aprender, não apenas, “gostar demais, mas amar mais e muito mais…” Sem dúvida a família é uma eterna escola do mandamento do amor. Se quisermos transformar o mundo, jamais poderemos nos esquecer de buscar e promover tudo aquilo que for possível, para que a família venha a dar esta contribuição e que ela seja uma escola do amor, dos princípios vitais e amadurecimento de necessárias virtudes…
 
Amar mais nos centros de decisões políticas do mundo:

Gosta-se demais do capital, do lucro, do poder, do aparente êxito do neoliberalismo (aparente, pois vai se criando um abismo cada vez maior e problemas sociais assustadores, dezenas de conflitos e guerras todos os dias, processo dilacerador de exclusão e empobrecimento). É preciso amar mais as pessoas, imagem e semelhança de Deus, o Novo Mandamento de Nosso Senhor…
 
Nos 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário):
 
De modo geral, os que dirigem a nação, gostam demais do atual modelo econômico, curvando-se à cartilha do neoliberalismo mundial e ao processo de globalização, que em si, não é todo ruim.
Péssimo é quando não se globaliza a riqueza, a fraternidade, a solidariedade, os bens da criação, as riquezas das culturas.
 
É preciso amar mais, globalizar concretamente o amor em leis que não privilegiem alguns poucos e condenem milhões a um irrisório salário, que não permite dignas condições de vida.
 
Nos Palácios do Governo dos Estados, nas Prefeituras, nas Câmaras:Seria tão diferente se gostassem menos dos privilégios, das mazelas, das falcatruas.
 
Se amassem mais o povo, com significativos investimentos na educação, na saúde, no lazer, no pão nosso de cada dia.
 
Se concretizado o Novo Mandamento do Amor não haverá mais corrupção, desvio de verbas, mas sim a legítima aplicação dos impostos pagos pelo povo, com sábia resposta para a suspensão da violência, bem como suas causas.
 
Amar mais nos meios de comunicação:
 
É preciso não gostar de mentiras, das ilusões, da imposição de valores que atentam contra a vida (aborto, pena de morte, destruição da família, falso conceito de liberdade…).
 
É preciso amar mais nos meios de comunicação, semeando a verdade do Evangelho, anunciando e denunciando, não se contentando em ocupar espaço na mídia para apenas músicas e danças, sem nenhuma alteração do quadro social em que nos encontramos… canta-se e dança-se na mídia, enquanto ela quiser; enquanto não afetar os interesses dos grandes; quando se assegura alguns pontos no ibope…
 
Na escola, no trabalho, nos movimentos populares, partidos e sindicatos, nas ruas e estradas, em todo e em qualquer lugar… De fato, não basta gostar demais! É preciso amar mais. Quem ama percebe no colega de escola, de trabalho, a presença de Deus; vê no outro um templo do Espírito Santo. E, quanto mais amarmos, mais iremos entender e falar a linguagem de Deus: “o amor”. Só quem ama conhece a Deus e guarda os Seus Mandamentos, nos lembra o querido São João em sua primeira Carta na Bíblia (cf. 1Jo 4,7-8).
 
Que todos nos esforcemos em não apenas gostar das pessoas, mas amar evangelicamente o próximo!
 
“O meu Mandamento é este: Amem-se uns aos outros, assim como Eu amei vocês.” (Jo 15,12).
 
Como cristãos, temos também um longo caminho a percorrer, incansavelmente!   
 
Sejamos eternos aprendizes na “Escola do Amor”: A família e a Igreja, da qual começamos a fazer parte pelo Batismo.
 
Quanto mais belos aprendizes e praticantes do Mandamento Maior, mais crível será a nossa fé, mais alicerçada a nossa esperança, mais ardor e esplendor ver-se-ão em nossas ações como expressão da genuína caridade.
 

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