terça-feira, 1 de outubro de 2024

Síntese da mensagem de Sua Santidade o Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões - 2021

 


Síntese da mensagem de Sua Santidade o Papa Francisco para o
Dia Mundial das Missões - 2021 

A mensagem tem como motivação bíblica a passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos – “Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos” (At 4, 20), tendo como contexto uma situação de pandemia que “...evidenciou e aumentou o sofrimento, a solidão, a pobreza e as injustiças de que já tantos padeciam, e desmascarou as nossas falsas seguranças e as fragmentações e polarizações que nos dilaceram silenciosamente. Os mais frágeis e vulneráveis sentiram ainda mais a sua vulnerabilidade e fragilidade. Experimentamos o desânimo, a decepção, o cansaço; e até a amargura conformista, que tira a esperança, se apoderou do nosso olhar”. 

A situação da pandemia evidenciou e aumentou o sofrimento, a solidão, a pobreza e as injustiças de que já tantos padeciam, e desmascarou as nossas falsas seguranças e as fragmentações e polarizações que nos dilaceram silenciosamente.

A experiência dos apóstolos do encontro com o Messias tornou-se fundamental para o ardor na missão:  - “O amor está sempre em movimento e põe-nos em movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o Messias» (Jo 1, 41).

O Papa dirige um convite a cada um de nós: cuidar e dar a conhecer aquilo que tem no coração, pois esta missão é, e sempre foi, a identidade da Igreja: «ela existe para evangelizar» (São Paulo VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 14).

É preciso viver a missão num contexto marcado pelas alegrias, sofrimentos, anseios e angústia, com a necessidade de redenção, em atenção à Palavra de Jesus Cristo - “«Ide às saídas dos caminhos e convidai todos quantos encontrardes» (cf. Mt 22, 9), vivendo um amor de compaixão em que ninguém se sinta estranho ou afastado.

Assim como os apóstolos e os primeiros cristãos, também nós «não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20) – “Como os apóstolos que viram, ouviram e tocaram a Salvação de Jesus (cf. 1 Jo 1, 1-4), também nós, hoje, podemos tocar a carne sofredora e gloriosa de Cristo na história de cada dia e encontrar coragem para partilhar com todos um destino de esperança, esse traço indubitável que provém de saber que estamos acompanhados pelo Senhor.  Como cristãos, não podemos reservar o Senhor para nós mesmos...”

Vivemos tempos novos, que suscitam uma fé capaz de estimular iniciativas e plasmar comunidades a partir de homens e mulheres, que aprendem a se ocupar da fragilidade própria e dos outros.

O ardor missionário dos discípulos consiste num colocar-se “em estado de missão”, como reflexo da gratidão, fazendo florir o milagre da gratuidade, do dom de si mesmo.

Urge que aprendamos com os primeiros discípulos que transformaram cada incômodo, contrariedade e dificuldade em oportunidade para a missão – “Possuímos o testemunho vivo de tudo isto nos Atos dos Apóstolos, livro que os discípulos missionários sempre têm à mão. É o livro que mostra como o perfume do Evangelho se difundiu à passagem deles, suscitando aquela alegria que só o Espírito nos pode dar. O livro dos Atos dos Apóstolos ensina-nos a viver as provações unindo-nos a Cristo, para maturar a «convicção de que Deus pode atuar em qualquer circunstância, mesmo no meio de aparentes fracassos», e a certeza de que «a pessoa que se oferece e entrega a Deus por amor, seguramente será fecunda (cf. Jo 15, 5)» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 279).

Somos chamados, cientes que “não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor, e nos consideramos Vossos servos por amor de Jesus” (2 Cor 4, 5).

O contexto que vivemos tem a urgente necessidade de missionários de esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que ninguém se salva sozinho.

O Papa nos convida a recordar com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso batismal de sermos apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho.

Lembrar especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção.

Supliquemos ao Senhor que mande trabalhadores para a Sua messe (Lc 10, 2), cientes de que a vocação para a missão não é algo do passado nem uma recordação romântica de outrora.

O Papa fala da necessidade de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão, cada qual a seu modo, nas periferias que estão perto de nós, no centro duma cidade ou na própria família, com a abertura universal do amor que não é geográfico, mas existencial.

Conclui nos convidando a viver a missão como o “...aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã. Que o seu amor de compaixão desperte também o nosso e, a todos, nos torne discípulos missionários”, contando com Maria, a primeira discípula missionária, a fim de que faça crescer em todos os batizados o desejo de ser sal e luz nas nossas terras (cf. Mt 5, 13-14).


Se desejar, leia a mensagem na integra:

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/missions/documents/papa-francesco_20210106_giornata-missionaria2021.html


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