O perdão de Cristo: reconciliação e superação
O perdão de Cristo: reconciliação e
superação
Na sexta-feira da
26ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Livro de Baruc (Br 1,15-22).
Trata-se de um autor
desconhecido, embora se apresente como secretário de Jeremias, durante o exílio
da Babilônia (Br 1,1-2).
A passagem é uma
prece de confissão, em que os exilados se dirigem a Deus, como sentida
expressão da conversão sincera da comunidade judaica: A Aliança com Javé, laço
vital entre Deus e Seu povo, foi dilacerada com o pecado.
Após a confissão
dos pecados, é apresentada a mensagem de esperança da intervenção divina,
exortando à confiança em Javé e a possibilidade da alegria com a atitude
misericordiosa de Deus para com o povo.
De fato, o Amor
de Deus move a história, pois está sempre disposto a perdoar o afastamento dos
filhos rebeldes, e a reatar com eles uma história de libertação e de salvação.
Um novo êxodo está por vir, é preciso manter a serena alegria e confiança
indispensável.
Este amor de Deus
expresso no perdão nos foi revelado, mais tarde, por Jesus Cristo, o Filho
Amado:
“O perdão de Cristo não quer levar à passividade nem
à fuga. Sequer é uma espécie de vazia e insípida tranquilidade interior. A
reconciliação é convite a nos purificarmos sempre mais em contínua superação” (1).
Deste
modo, vivenciar a misericórdia de Deus, como o próprio Jesus nos revelou em
várias passagens do Evangelho, requer de nós sempre novos rumos, atitudes,
novas posturas e novos relacionamentos. Jamais a permissividade ou a conivência
com o pecado; ao contrário, sua destruição, nos fazendo sempre novas criaturas,
para que vivamos a graça do Batismo.
(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus – 1995 - Pág. 1339
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