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Que nossos lábios do coração tenham ânsia de eternidade!
No dia 27 de agosto, a Igreja celebra a Memória de uma grande mulher, esposa e mãe: Santa Mônica.
Sejamos iluminados pelo testemunho de Santo Agostinho (séc. V) em suas Confissões, sobre a morte de sua mãe e a passagem para a eternidade.
“Estando bem perto o dia em que ela deixaria esta vida – dia que conhecias e que ignorávamos – aconteceu por oculta disposição Tua, como penso, que eu e ela estivéssemos sentados sozinhos perto da janela que dava para o jardim da casa onde nos tínhamos hospedado, lá junto de Óstia Tiberina.
Ali, longe do povo, antes de embarcarmos, nos refazíamos da longa viagem. Falávamos a sós, com muita doçura e, esquecendo-nos do passado, com os olhos no futuro, indagávamos entre nós sobre a verdade presente, quem és Tu, como seria a futura vida eterna dos santos, que olhos não viram, nem ouvidos ouviram nem subiu ao coração do homem (cf. 1Cor 2,9).
Mas ansiávamos com os lábios do coração pelas Águas Celestes de Tua fonte, fonte da vida que está junto de Ti. Eu dizia estas coisas, não deste modo nem com estas palavras.
No entanto, Senhor, Tu sabes que naquele dia, enquanto falávamos, este mundo foi perdendo o valor, junto com todos os seus deleites.
Então disse ela: “Filho, quanto a mim, nada mais me agrada nesta vida. Que faço ainda e por que ainda aqui estou, não sei. Toda a esperança terrena já desapareceu. Uma só coisa fazia-me desejar permanecer por algum tempo nesta vida: ver-te cristão católico, antes de morrer. Deus me atendeu com a maior generosidade, porque te vejo até como Seu servo, desprezando a felicidade terrena. Que faço aqui?”
O que lhe respondi, não me lembro bem. Cinco dias depois, talvez, ou não muito mais, caiu com febre. Doente, um dia desmaiou, sem conhecer os presentes. Corremos para junto dela, mas recobrando logo os sentidos, viu-me a mim e a meu irmão e disse-nos, como que procurando algo semelhante: “Onde estava eu?”
Em seguida, olhando-nos, opressos pela tristeza, disse: “Sepultai vossa mãe”. Eu me calava e retinha as lágrimas. Mas meu irmão falou qualquer coisa assim que seria melhor não morrer em terra estranha, mas na pátria.
Ouvindo isto, ansiosa, censurando-o com o olhar por pensar assim, voltou-se para mim: “Vê o que diz”. Depois falou a ambos: “Ponde este corpo em qualquer lugar. Não vos preocupeis com ele. Só vos peço que vos lembreis de mim no Altar de Deus, onde quer que estiverdes”.
Terminando como pôde de falar, calou-se e continuou a sofrer com o agravamento da doença. Finalmente, no nono dia da sua doença, aos cinquenta e seis anos de idade e no trigésimo terceiro da minha vida, aquela alma piedosa e santa libertou-se do corpo.”
Santa Mônica: muitos a identificam, e a ela recorrem, como exemplo e ajuda para educar e converter os filhos que se distanciam de Deus e de Sua vontade.
Modelo de mãe que sofre, confia, reza e a Deus uma só coisa pede: a conversão e a santificação de seus filhos.
O próprio Santo Agostinho noutro momento afirmou: “Se eu não pereci no erro, foi devido às lágrimas cotidianas, cheias de fé de minha mãe” (Confissões 3, 12, 21).
Tenhamos a mesma serenidade de Santa Mônica ao fazer a passagem para a vida definitiva.
Sejamos fortalecidos por este testemunho, que é um bálsamo para a dor da páscoa, na família vivida, como Santo Agostinho testemunhou.
Lembremo-nos, nos altares em que celebramos, daqueles que nos antecederam na glória dos céus, oferecendo o mais belo e Santo Sacrifício, uma intenção na Santa Missa.
Façamos com maior zelo e ardor nossas orações pelos que nos antecederam, na melhor compreensão e amadurecimento do que é, de fato, a comunhão dos santos.
Como Santo Agostinho diz, em comunhão com sua mãe, ansiemos com os lábios do coração as delícias dos céus, da eternidade, partícipes do Banquete que piedosamente celebramos, até que um dia tenhamos a graça de nos encontrarmos no Banquete da Eterna alegria e amor: no céu. Amém!
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