Mensagem do Papa Francisco para o 58º
Dia Mundial de Oração pelas Vocações
Tema: “São José: o sonho da vocação”
Retomemos a Mensagem do Papa Francisco para o dia do Bom Pastor (4º Domingo da Páscoa) e o 58º Dia Mundial de
oração pelas vocações (2021).
A mensagem tem
como motivação o Ano especial dedicado a São José, iniciado dia 8 de dezembro
do ano passado e a encerrar dia 8 de dezembro do próximo ano, por ocasião do
150º aniversário da declaração dele como Padroeiro da Igreja universal da
Igreja, do Papa PIO IX.
São José, afirma
o Papa, neste contexto de pandemia, que tem suscitado incertezas e medos sobre
o futuro e o próprio sentido da vida, vem em nossa ajuda com a sua mansidão,
como um Santo ao pé da porta, e com seu forte testemunho, guiar-nos no caminho.
Apresenta-nos São
José, embora não fosse famoso, tão pouco os Evangelhos transcrevam uma palavra
sequer, como modelo de toda vocação realizada com amor e expressão de alegria,
a partir de três palavras-chaves: sonho,
serviço e fidelidade.
1º Sonho – São José, através dos sonhos que Deus lhe inspirou, fez da sua existência um dom, como nos falam os Evangelhos de seus quatro sonhos (cf. Mt 1, 20; 2, 13.19.22).
A partir destes, São
José soube alterar os seus planos para executar os misteriosos projetos de
Deus, ainda que tivesse que sacrificar os próprios.
Que ele ajude a
todos, sobretudo aos jovens em discernimento, a realizar os sonhos que Deus tem
para cada um; inspire a corajosa intrepidez de dizer «sim» ao Senhor, que
sempre surpreende e nunca desilude, disse o Papa.
2º - Serviço
- ele viveu em tudo para os outros e nunca para si mesmo, com capacidade de
amar sem nada reservar para si próprio, encarnando o sentido oblativo da vida,
de modo que toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a
maturação do simples sacrifício; assim como no sacerdócio e na vida consagrada,
ou qualquer outra vocação, requer-se esta maturidade.
São José, diz o
Papa, é como a mão estendida do Pai Celeste para o Seu Filho na terra, sendo modelo
para todas as vocações, pois para isto são chamadas: “ser as mãos operosas do Pai
em prol dos Seus filhos e filhas.”
3º - Fidelidade
– A vocação de José se realiza na fidelidade incondicional a Deus, como um
homem justo (Mt 1,19), que, no trabalho silencioso de cada dia, persevera na
adesão a Deus e aos Seus desígnios, tudo repassando com paciência, pois sabia
que a existência se constrói apenas sobre uma contínua adesão às grandes opções,
e isto corresponde à laboriosidade calma e constante com que desempenhou a
profissão humilde de carpinteiro (cf. Mt 13, 55).
Esta fidelidade
se alimentava das palavras recebidas em sonho, em permanente convite para que
não tivesse medo, porque Deus é fiel às Suas promessas: “José, filho de David,
não temas’ (Mt 1, 20).
A todos, o Papa
nos dirige estas palavras, para que não tenhamos medo de dar nossa resposta
“...quando, por entre
incertezas e hesitações, sentes como inadiável o desejo de Lhe doar a vida. São
as palavras que te repete quando no lugar onde estás, talvez no meio de
dificuldades e incompreensões, te esforças por seguir diariamente a Sua
vontade. São as palavras que descobres quando, ao longo do itinerário da
chamada, retornas ao primeiro amor. São as palavras que, como um refrão,
acompanham quem diz sim a Deus com a vida como São José: na fidelidade de cada
dia”.
Finaliza a
Mensagem expressando o desejo de que, assim como na casa de Nazaré, onde reinava “uma alegria
cristalina” (como diz um hino litúrgico), ela se
faça presente em todos os lugares, como em nossos seminários, institutos
religiosos e residências paroquiais:
“É a alegria que vos
desejo a vós, irmãos e irmãs que generosamente fizestes de Deus o sonho da vida, para O servir nos
irmãos e irmãs que vos estão confiados, através duma fidelidade que em si mesma já é testemunho, numa época marcada por
escolhas passageiras e emoções que desaparecem sem gerar a alegria. São José,
guardião das vocações, vos acompanhe com coração de pai!”
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