A permanente urgência de conversão
À luz da passagem do Livro de Jonas (Jn 3, 1-5.10), refletimos sobre a vocação e missão de Jonas que foi chamado por Deus para a pregação da conversão de Nínive, porque a Salvação que Deus oferece se destina a todos os povos (período provável entre 440 e 410 a.C.).
Através desta “ficção didática” da vocação de Jonas, que reluta em aceitar a missão, num primeiro momento, aprendemos sobre o imediato caminho de conversão de Nínive (capital do Império Assírio), que se tornou um modelo de resposta ao chamado e ao apelo de conversão que Deus nos faz em todo o tempo.
Duas lições desta conversão: embora considerados como maus, prepotentes, injustos e opressores, os ninivitas foram mais atentos aos desafios de Deus do que o próprio Povo eleito; e, também, que é preciso superar a visão nacionalista, particularista, exclusivista e xenófoba, que estava em moda e que ainda pode persistir ainda hoje. É preciso que aprendamos sobre a lógica de Deus, que é de bondade, misericórdia, perdão e amor sem limites.
Não é próprio da lógica divina ver os outros como inimigos que merecem ser destruídos, mas irmãos que precisam ser amados.
Urge que a humanidade aprenda a lógica de Deus; a lógica da misericórdia e bondade divina que ama os bons e os maus: os bons para que perseverem, os maus para que se convertam. Entretanto, é preciso disponibilidade e abertura para a conversão.
Deus não cristaliza o passado de pecado, não se fixa na história do pecado cometido, mas nos aponta um futuro de vida nova, desde que saibamos nos questionar no tempo presente, e nos colocarmos em atitude de conversão, de transformação de pensamentos, palavras e atitudes.
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