Por isto, nossa família suplica:
“Dá-nos o sopro do Teu Espírito!”
Não poucos problemas enfrentam as famílias em nossos tempos.
Como, com o que, e com quem a família enfrentará os ventos que, impiedosamente, contra ela atentam?
Como e quando acolher o revitalizante e santificador Sopro do Espírito?
Muitos são os ventos e tempestade contra a casa, como nos acena Jesus (Mt 7), nos convidando a construir nossa história e a história da família sobre a rocha, que é Ele mesmo.
A solidez e a estrutura da família passam pela escuta, acolhida e vivência de Sua Palavra. Mas contra ela sopram ventos avassaladores.
Quais são estes ventos?
A realidade da falta de diálogo, da compreensão, carinho e respeito nas relações pais e filhos e vice-versa; a invasão midiática e seu “evangelho” que muitas vezes se contrapõe ao autêntico Evangelho do amor, da solidariedade, da comunhão, do perdão.
Nela, a crise de valores anda de mãos dadas com a crise ética, colocando em risco a diversidade e originalidade como criaturas modeladas pelas mãos divinas, condenados à uniformidade, reprodução laboratorial pela clonagem, com resultados imprevisíveis...
Outros ventos fortes persistem:
Dependência química (álcool, drogas...); desemprego ou eminente possibilidade; violência pelas armas ou de qualquer outra forma; o consumismo depredador, acompanhado da insaciabilidade, colocando em risco o planeta em que vivemos.
E ainda as antigas e novas doenças, o sentimento de angústia que toma o coração de muitos, culminando em degradante e desumanizante depressão.
No entanto, há esperanças e horizontes a serem alcançados, de modo que enfrentá-los é possível, quando buscamos o Sopro do Espírito, a manifestação de Deus na brisa suave.
Acolher o Sopro do Espírito é preciso.
Não há fórmulas mágicas, há um caminho único:
Jesus Cristo e Seu Evangelho –
“Eu Sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).
A Sagrada Escritura apresenta inúmeros Sopros para a santificação de nossas famílias.
Do Sopro do Espírito, a família precisa!
Nossa família suplica:
“Dá-nos o Sopro do Teu Espírito!”
O Sopro do Espírito que acolhemos ao contemplar a Sagrada Família:
E, nesta grande escola, aprender as belas lições de José e Maria, as mais belas lições que nos vem da Sagrada Família!
Confiança em Deus, abertura e diálogo para compreender os Mistérios divinos e vivenciá-los: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim Tua Palavra ”.
A alegre disponibilidade, humildade, mansidão, ternura, temor divino, abertura para a manifestação da graça de Deus, pertença ao povo de Deus; acompanhados da vivência e prática religiosa.
A coragem para ter a alma transpassada, assumindo a dimensão pascal da fé, mistério de morte e Ressurreição.
O Sopro do Espírito que acolhemos ao contemplar o Mistério da Comunhão Trinitária:
Mistério de amor, comunhão, doação, plenitude de vida, unicidade que não leva a perda da identidade, garantia de plena felicidade...
O Sopro do Espírito que acolhemos que vem da Mesa da Eucaristia:
Banquete de amor e vida, comunhão e solidariedade com os empobrecidos. O sopro do Santo Espírito que vem como fogo que queima, arde, aquece, ilumina. Quando comungamos, alimentamo-nos, bem como, somos invadidos pelos raios revigorantes deste mesmo Espírito!
A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço do céu que se abre sobre a terra, e os raios da Jerusalém Celeste invadem as sombras da história e vem iluminar nossos caminhos, como nos falou o Papa São João Paulo II.
A família que se nutre da Eucaristia há de experimentar, a cada dia, um pedaço deste céu, que se prolonga na mesa de nossos irmãos.
O Sopro do Espírito que acolhemos no dia do Batismo:
Quando nos tornamos Igreja, pedras amadas e escolhidas de Deus.
Rompemos o limite de suas paredes; abrimo-nos para a vivência comunitária, na participação, com alegria, da construção do Reino de Deus.
Cada família é uma pequena Igreja Doméstica, inserida na Igreja de Cristo que é Seu Corpo, tendo-O como Cabeça.
A Boa Nova do Ressuscitado deve determinar pensamentos e atitudes de nossas famílias, de modo que, falar de divórcio, infidelidade, filhos distantes e estranhos aos próprios pais, aborto, será apenas uma lembrança indesejável dos ventos que um dia sopraram contra a família.
A verdadeira sabedoria consiste em enfrentar os ventos contra a família e acolher o Sopro do Espírito; certeza de plena alegria, de um lar verdadeiramente feliz!
Do Sopro do Espírito a família precisa!
Nossa família suplica:
“Dá-nos o Sopro do Teu Espírito!”
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