domingo, 21 de abril de 2024

Não estamos sós, o Bom Pastor cuida de nós com amor (IVDTPC)

Não estamos sós, o Bom Pastor cuida de nós com amor

Com a Liturgia do 4º Domingo da Páscoa, celebramos o Domingo do Bom Pastor (Ano C), que é Jesus Cristo, como nos é apresentado no Evangelho.

Na primeira Leitura (At 13,14.43-52), refletimos sobre a missão realizada pelo Apóstolo Paulo, que é conduzido pelo Espírito Santo.

Também somos chamados a discernir sobre as atitudes que devemos ter diante da missão, que podem ser de dois modos: orgulho, autossuficiência e fechamento ou o “embarque na aventura do seguimento de Cristo”. Autossuficiência ou a atenção à voz do Senhor que nos fala pelos Apóstolos?

A mensagem é clara e objetiva: a Salvação que Jesus oferece se destina a todos os povos, e deve ser acolhida com alegria, simplicidade e entusiasmo. Não podemos viver uma religião acomodada e sem maiores compromissos com o Reino.

É preciso abrir-se sempre à Boa Nova de Jesus, desinstalar-se para melhor segui-Lo, trilhando o caminho da cruz, com possibilidade de perseguição, num percurso feito com muito amor, doação e entrega. A Vida Nova que o Ressuscitado nos oferece exige contínua conversão e jamais acomodação.

A segunda Leitura (Ap 7,9.14b-17) nos apresenta a meta final do rebanho que segue o Ressuscitado, o Cristo Bom Pastor: a vida total e uma felicidade sem fim.

Em comunhão com os que nos antecederam, vivemos a grande comunhão fazendo nascer a comunidade escatológica, que consiste da comunidade dos libertados, dos que estarão para sempre em comunhão com Deus, gozando em plenitude a vida definitiva.

Com a passagem do Evangelho de João (Jo 10,27-30), refletimos sobre os sentimentos do ser humano, como cansaço, sofrimento e incertezas, que não ficam sem a resposta e o cuidado do Bom Pastor, e por Ele, somos reconciliados, carregados em Seus ombros.

No rebanho de Jesus precisamos aprofundar nossa intimidade com Ele, escutando a Sua voz, de modo que ela entre em nossos ouvidos através de Sua Palavra proclamada pela Igreja, trespassando o mais profundo de nós, atingindo o nosso coração. Assim eleva-se a nossa alma para ecoarmos Sua Palavra no mundo.

Devemos acolher com entusiasmo, com grande alegria, a graça de pertencer a este rebanho que tem o próprio Deus, em Jesus Cristo, como o Bom Pastor, como já anunciara os Profetas, e de modo especial o Profeta Ezequiel (Ez 34).

Não estamos sós, nem na vida e sequer na morte, o Bom Pastor nos conduz a verdes pastagens, para águas cristalinas...

Reflitamos:

- Somos atentos e reconhecemos a voz do Cristo Bom Pastor ou nos deixamos desviar por vozes e cantos das sereias que nos seduzem e nos afastam de Deus e da vida que Ele tem a nos oferecer?

-  De que modo somos sinais do Bom Pastor em nossa comunidade?
-  Quais os traços do Bom Pastor presentes em mim para que eu seja sinal d’Ele para quantos precisam? Atuo numa pastoral ou serviço da comunidade?

  A exemplo do Bom Pastor, tenho uma vida de amor, doação total e serviço para que haja vida em plenitude?
-  Ainda há muitas ovelhas fora do aprisco, o que fazer para trazê-las para junto do Senhor?

-  O que fazer para trazer de volta as que se extraviaram?
- O rebanho tem faces: crianças, juventude, idosos, casais, enfermos, dependentes químicos etc. Como instrumentos e sinais do Cristo Bom Pastor, o que fazemos de concreto em favor destes?

-  O que já fazemos e poderemos fazer por amor ao Bom Pastor ao Seu rebanho?

Renovemos neste Domingo a alegria de pertencermos ao rebanho do Senhor. Alegria renovada nos leva, necessariamente, ao desejo de viver a missão, de ir ao encontro da ovelha desgarrada, sofrida, abatida, que precisa de nossa acolhida e amor.

Há um mundo sedento da Palavra de Deus. É preciso de alguém que a anuncie: Como crerão se não ouviram? E como poderão ouvir, se não houver quem anuncie?” (Rm 10,14)

Que o Domingo do Bom Pastor seja para nós momento propício de recolhimento e transbordamento da alegria de sabermos que o Bom Pastor, o Divino pastor, o Amantíssimo Pastor do Pai, por meio de Sua Igreja, tem uma Palavra de vida, de amor, de luz, de coragem e de sabedoria a nos dizer.

Famintos da Palavra, sedentos de vida, assim é o rebanho do Senhor.

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