Caminhamos com Jesus
Naquele Domingo, Ele me levou ao deserto,
E pude ver Seu combate contra Satanás.
Por três vezes, eu O vi vencer,
Sem ceder às tramas diabólicas;
Com suas palavras “doces” e enganadoras,
Aparentemente, a felicidade realizar, porque “promissoras”.
Eu O vi vencer a tentação da abundância, da dominação e da fama.
Ensinou-me que também somos chamados o mesmo fazer.
Temos também nossos combates diabólicos quotidianos,
E não estamos livres da tentação de tudo e muito ter,
De poder possuir, e dele, mau uso fazer, e tirânicos, outros fazer sofrer.
Da fama, prestígio e abuso das coisas divinas, amargo sabor.
No Domingo seguinte, dirigiu-Se ao Monte Tabor,
Com Pedro, João e Tiago, em oração Se retirou.
Lá, no Monte, o acontecimento mais que memorável:
A Sua maviosa Transfiguração: Seu rosto radiante, roupas brilhantes.
As presenças testemunhais qualificadas de Moisés e Elias.,
Cumpriu e cumpre-se n’Ele, Jesus, a Lei e a Profecia.
A Transfiguração experimentada e depois lembrada
Afastaria o escândalo da aparente derrota do Senhor na Cruz.
No Mistério de dor e morte de Jesus Cristo, por amor,
Os discípulos serão testemunhas de que Ele Ressuscitou, e é nosso Senhor.
E assim, o mesmo haveremos de fazer até o fim dos tempos:
Testemunhar que o Amor do Pai, O glorificou, O Ressuscitou.
Mais um Domingo, e o Senhor nos revela dulcíssima verdade:
Deus é paciente e misericordioso conosco, Suas criaturas.
Ainda que fixemos tendas nos lamaçais do pecado e morte,
Deus não desiste de nós, e nos quer com Ele reconciliados.
Por isto, nos disse o Senhor, com palavras tão penetrantes:
“Mas, se não converterdes, morrereis todos do mesmo modo” (Lc 13,5).
Somos como uma figueira, na vinha do Senhor plantada,
Que precisa ser permanentemente cultivada e adubada.
Também o chão de nosso coração lavrar com o arado da Cruz,
Para que, como frondosa figueira, frutos saborosos
De amor, verdade, justiça e paz, produzir,
Na fidelidade à Palavra Divina, Sua luz reluzir.
É bom estar com o Senhor! E assim, em mais um Domingo,
O encontro dos encontros no Banquete da Eucaristia.
Ele, diante da crítica por comer com pecadores e publicanos,
Como que num magnífico mosaico da misericórdia,
Fala-nos na Parábola do filho pródigo, ou do pai misericordioso,
Que Deus, Seu Pai de amor, está sempre nos esperando de volta.
Não se pode ouvir a Parábola e ficar indiferente.
Parábola questiona, desinstala, provoca, pede conversão.
Se parecidos com o pai, misericordiosos seremos.
Se com o filho mais novo, reconhecedores de nossa miséria
E sedentos do perdão, da misericórdia divina, à “casa”, voltamos.
Se com o filho mais velho: legalismo, fechamento e muito mais...
No último Domingo, mais um encontro memorável,
Com Aquele que um dia encontramos, e nossa vida mudou,
Novo sentido conferiu e todos os horizontes alargou.
Diante da pecadora adúltera surpreendida em adultério,
Revelou a hipocrisia dos que condenam e matam,
Com “pedras” da maldade tirânica, diante de quem pecou.
Foi o mais belo encontro da Misericórdia com a miséria,
Miséria que sou e que todos somos. Reconheçamos.
Somente Ele tem Palavras de vida eterna,
E pode nossos pecados perdoar, as feridas abertas
De nossa alma, até mais que as do corpo, curar.
Jesus Cristo, Verdadeiramente Homem, Verdadeiramente Deus.
Ansiosos estávamos com a chegada do Domingo:
O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.
Ele conosco quis mais uma vez se encontrar.
Acolhemos o Messias, e proclamamos pelas ruas:
“Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor!
Paz no céu e glória nas alturas” (Lc 19,38).
Iniciamos, com Ele, a grande Semana,
A Semana Santa, que nos convida,
Passo a passo, com Ele caminhar,
Cada momento, piedosamente celebrar,
Vivenciar com intensidade o Tríduo Pascal.
Ele será o Vencedor do amor sobre o ódio,
Bem como do bem sobre o mal.
A vida vencerá a morte.
O amor de Deus falou e falará como sempre mais alto.
Deus tem e terá sempre a última palavra. Amém.
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