terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia

Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia

“Ide pelo mundo,
pregai a Boa-Nova do Evangelho”

Deve nos interpelar o que nos disse o Papa Francisco, em sua Exortação “Evangelium Gaudium” – A alegria do Evangelho –, e também os Bispos do Brasil, como vemos no Documento nº100 – “Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia – A conversão pastoral da Paróquia”.

Urge a construção de uma Paróquia como Comunidade de comunidades, como presença eclesial no território, muito mais que a presença de um prédio edificado por mãos humanas.

Deste modo, elas serão um espaço privilegiado da escuta da Palavra de Deus, (diálogo, anúncio, adoração e celebração), ou seja: a casa do Pão da Palavra, do Pão da Eucaristia e do Pão da caridade.

Através das inúmeras atividades, é preciso incentivar e formar os agentes para a evangelização, tendo como protagonista indispensável o Espírito Santo.

Ela se tornará uma célula viva, uma “comunidade de comunidades”, um santuário onde os sedentos vão beber água cristalina para a continuidade da comunidade, mas ao mesmo tempo centro de constante envio missionário.

Precisamos dar à Paróquia um rosto novo, tornando-a mais dinâmica, acolhedora e missionária. Para tanto, é preciso uma profunda e sincera conversão pastoral, com novo espírito, novo ardor (cf. Documento de Aparecida - n. 365-372).

Como ser uma Igreja missionária na cidade em que vivemos, ampliando e formando pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus, conscientes de viver em constante estado de missão, superando toda e qualquer forma de desânimo e acomodação?

Reflitamos:

- como ser uma Igreja Missionária na cidade, procurando ir ao encontro das pessoas e a elas comunicar a Boa-Nova do Evangelho?

Não podemos mais ficar no “vinde”, é o tempo do “ide”, como assim o foi desde o início da missão confiada por Jesus aos Seus discípulos|: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20).

É preciso coragem para que nos desinstalemos, sobretudo na acolhida e solidariedade para com os mais empobrecidos. Ressoando as palavras do Papa Francisco: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos” (Evangelii Gaudium - n. 40).

Muito já fizemos, mas há ainda um longo caminho a ser percorrido, para que vivamos a vocação como dom de Deus, como um chamado que Ele nos fez e espera nossa resposta, para que trabalhemos como alegres discípulos missionários de Sua vinha.

Temos que consumir nosso tempo e forças para que a Boa-Nova seja anunciada, a fim de que o Reino de Deus aconteça, como pequeno grão de mostarda, que germina, torna-se uma grande árvore, e os pássaros vêm nela fazer seus ninhos.  

Eis a nossa missão: fecundar o mundo novo, no testemunho corajoso de nossa fé, dando razão de nossa esperança, em ativa e frutuosa caridade.

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