terça-feira, 2 de janeiro de 2024

“Proclamemos a Palavra...” (n.6)

“Proclamemos a Palavra...” 

“Faça bem e com amor o que lhe é próprio”

A ação evangelizadora não conhece ocaso, portanto, muito já se fez, mas ainda há muito para que seja feito, a fim de que o Senhor seja conhecido e amado por todos.

Reconheçamos a presença do Ressuscitado em nosso meio nos cumulando da paz, que pode ser traduzida por shalom, ou seja, a plenitude dos bens e graças divinas, que nos enriquecem em cada momento do nosso existir e no desenvolvimento das nossas atividades dentro e fora dos espaços da Igreja.

Renovemos o compromisso de viver o Princípio da Subsidiariedade, que teve seus momentos nascentes na Encíclica “Quadragesimo Anno” (1931), quando o Papa Pio XI chamava o mundo para a necessária busca de caminhos para uma verdadeira ordem internacional. Princípio que consiste essencialmente em “cada um fazer bem e com amor o que lhe é próprio”.

Urge o fortalecimento da Pastoral de Conjunto, levando em conta este Princípio que há muito norteia a ação da Igreja, pois se vivido, a alegria, o amor, a gratidão, gratuidade, ardor, vigor, desprendimento, coragem, empenho, discernimento, sabedoria se farão presentes no coração de cada agente.

Não haverá divisões nem cansaços inúteis na procura dos primeiros lugares, pois faremos do poder expressão de amor e serviço, a exemplo de Jesus que veio servir e não para ser servido, num permanente lava-pés com ressonâncias eucarísticas.

Deste modo, renovemos nossa fidelidade ao Senhor, para que as diversas pastorais, movimentos e serviços sejam revigorados.

Avancemos para águas mais profundas e não nos percamos com questões pequenas, insignificantes, que nos desviam do essencial: “Ai de mim se eu não evangelizar“ (1Cor 9,16), pois “É necessário que Ele cresça” (Jo 3,30). 

A paz será notável em nossos corações e dentro de nossas comunidades, em nossos espaços e estruturas,  e deste modo seremos como as primeiras comunidades, notabilizadas pela perseverança e fidelidade à Doutrina dos Apóstolos, à Comunhão Fraterna, à Fração do Pão e à Oração (At 2,42-37).

Crescerá a Igreja, o nosso Batismo ganhará nova expressão, será fortalecida a Evangelização, que se renovará em expressões e métodos, e a Paz tão sonhada não será uma ilusão, mas um projeto, uma construção em mutirão, em que mãos e corações que amam se comprometem com a vida, da concepção ao declínio natural e com o meio onde ela floresce:  – “A Paz esteja convosco!”

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