segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

“Faça bem e com amor o que lhe é próprio” (2012)

“Faça bem e com amor o que lhe é próprio”

Ao debruçarmos sobre as avaliações do ano, bem como sobre os objetivos e estratégias traçadas pelas pastorais, vemos que ainda muito nos falta fazer para que o Senhor cresça e seja conhecido e amado por todos.

No entanto, não podemos deixar de reconhecer que a presença do Ressuscitado em nosso meio nos alcança a graça da paz necessária, que pode ser traduzida por shalon, ou seja, a plenitude dos bens e graças divinas que nos enriquecem em cada momento do nosso existir e no desenvolvimento das nossas atividades dentro e fora dos espaços da Igreja.

Há que se renovar em nosso coração um momento inesquecível de nossos Conselhos em que refletimos sobre o Princípio da Subsidiariedade, que tem seus momentos nascentes na Encíclica “Quadragesimo Anno” (1931), quando o Papa Pio XI chamava o mundo para a necessária busca de caminhos para uma verdadeira ordem internacional. Princípio que consiste essencialmente em “cada um fazer bem e com amor o que lhe é próprio”.

Mais do que nunca, para que em perfeita comunhão com a caminhada Diocesana, no fortalecimento da Pastoral de Conjunto é preciso que insistamos neste Princípio que há muito norteia a ação da Igreja, pois se vivido, a alegria, o amor, a gratidão, gratuidade, ardor, vigor, desprendimento, coragem, empenho, discernimento, sabedoria se farão presentes no coração de cada agente.

Não haverá divisões nem cansaços inúteis na procura dos primeiros lugares, pois faremos do poder expressão de amor e serviço, a exemplo de Jesus que veio servir e não para ser servido, num permanente lava-pés com ressonâncias eucarísticas.

Que Jesus cresça, as pastorais se revigorem. Que avancemos para águas mais profundas e não nos percamos com questões pequenas, insignificantes que nos desviam do essencial: “Ai de mim se eu não evangelizar“ (1Cor 9,16), pois “É necessário que Ele cresça” (Jo 3,30). 

A paz será notável em nossos corações e dentro das pastorais, ultrapassará nossos espaços, estruturas, porque seremos como as primeiras comunidades, notabilizadas pela perseverança e fidelidade à Doutrina dos Apóstolos, à Comunhão Fraterna, à Fração do Pão e à Oração (At 2,42-37).

Crescerá a Igreja, o nosso Batismo ganhará nova expressão, será fortalecida a Evangelização, que se renovará em expressões e métodos, e a Paz tão sonhada não será uma ilusão, mas um projeto, uma construção em mutirão, em que mãos e corações que amam se comprometem com a vida, da concepção ao declínio natural e com o meio onde ela floresce:   – “A Paz esteja convosco!”. 



PS: Apresentação para o Planejamento Pastoral 2012 da Paróquia Santo Antônio de Gopoúva. 

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