sábado, 27 de janeiro de 2024

A missão da Igreja à luz da Lumen Gentium (Parte II)

A missão da Igreja à luz da Lumen Gentium – Parte II

Todos são chamados à santidade por vocação. É um chamado que é universal a partir de Cristo: A missão essencial da Igreja é a santificação, pois ela é santa e todos são chamados à santidade e deve ser vivida nos diversos estados de Vida que compõem o povo de Deus (LG 40).

“Retomando a ideia patrística de Igreja, ‘povo congregado na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo (LG 4), o Vaticano II lembra que todos os batizados e batizadas têm dignidade, liberdade, formam a comunidade dos filhos e filhas de Deus e são templos do Espírito Santo (LG 9).

Todo o Povo de Deus, por causa do sacerdócio comum dos fiéis, é chamado à plena participação e a uma vida santa ( LG 10). Aliás, não só os católicos, mas também os demais cristãos e toda a humanidade são destinados a ser Povo de Deus (LG 13)”, nos diz o Pe. José Lisboa Moreira de Oliveira no artigo da VP. P.15.

Muitas vezes a santidade é confundida com atitudes de beatice ou carolice. No linguajar comum, especialmente dos grupos fundamentalistas atuais, das comunidades neoconservadoras que estão surgindo ultimamente no interior da nossa Igreja, a santidade é relacionada com atitudes alienadas e com comportamentos desequilibrados e totalmente distantes do mundo real, afirma o Pe. José Lisboa.

A santidade, segundo a LG, está profundamente relacionada com o quotidiano e com a prática concreta da vida de cada dia: para ser santa a pessoa não precisa fugir do seu estado de vida:

“A santidade não se dá nas nuvens, em outro planeta, fora da realidade, mas no quotidiano da vida. A santidade é um dom que deve ser acolhido e cultivado no tempo, no espaço, nas ocupações e nas circunstâncias em que nos situamos” (LG 41).

“No tocante à santidade dos cristãos leigos e leigas, o Vaticano II destaca o significado do trabalho, da participação na construção do bem comum e da cidadania, do labor quotidiano, com suas alegrias e também com suas cruzes.

A vida matrimonial ganha especial destaque, uma vez que é considerada um exemplo para a construção da fraternidade” (Pe. José Maria – p. 17).

A santidade é um presente de Deus: a Igreja é santa porque a Trindade é santa, porque a sua origem e a sua fonte são santas (LG 39). Ela não é uma exclusividade de determinadas pessoas ou de certos grupos. Santidade não é propriedade privada de ninguém.

De modo que ninguém pode se santificar isoladamente. Santifica-se enquanto é pertencente a uma comunidade. A santidade constitui-se num chamado que o Pai, pelo Filho, na ação do Espírito, dirige a toda a humanidade e, de modo particular, a todas as pessoas batizadas.

A santidade tem prerrogativa exclusiva de Deus, pois só Deus é Santo, não é algo adquirido pelos esforços e méritos das pessoas, mas uma dádiva, um dom divino,  tem três elementos básicos:

- a pertença
- a missão
- o testemunho.

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