segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Natal: somente o Amor de Deus renova todas as coisas (continuação)

Natal: somente o Amor de Deus renova todas as coisas

À luz da segunda Leitura e no Evangelho (Hb 1,1-6; Jo 1, 1-18) continuo a reflexão.

Ele, Deus feito Menino veio como a Divina Fonte do Amor, vida, ternura, luz, paz, e tudo quanto possamos pensar ou desejar. Veio trazer a tão desejada libertação de tudo que possa nos oprimir, roubando-nos a alegria, a dignidade e a beleza da existência humana e do mundo.

Veio reconstruir os sonhos desfeitos.
Veio reorientar os planos que não deram certo.
Veio para recriar o mundo que por Ele foi criado,
Mas pelo pecado humano destruído, mutilado.

Veio para renovar a partir das ruínas da alma,
Com Seu braço desnudado, com Sua onipotência
Revelada no imensurável e incomparável Amor,
Que mudou definitivamente o rumo de toda a História.

Veio para reedificar a partir das ruínas interiores da alma,
Comunicando a Sua força, graça e divina bondade,
Para que aprendamos novas relações com Deus viver,
Sem jamais prescindir de laços autênticos de fraternidade.

Veio para reinventar o caminho da história,
Que se desviou do Projeto único de Deus para nós,
Que consiste na comunhão universal dos povos,
Sem violência, extermínios, fanatismos, fundamentalismos.

Veio para iluminar os que jaziam nas trevas por causa dos pecados,
Comunicando o esplendor da Luz Divina para quem desanimado,
Revelando-nos a face de Deus, expressão verdadeira do Seu Ser,
Para uma Nova e Eterna Aliança entre Deus e a humanidade estabelecer.

Veio para saciar nossa sede de verdades eternas,
Para nos libertar do jugo das verdades transitórias.
Veio para reapontar o caminho para quem se perdeu,
Fez-se o próprio Caminho que nos conduz ao Pai.

Veio para ficar comigo e contigo.
Que o Natal seja para nós a acolhida
Do Verbo que veio ao nosso encontro, para que
Não mais as ruínas das almas se multipliquem.

Veio, vem e virá sempre para quem n’Ele crer.
Que saibamos reconhecer Sua Divina presença,
Somente assim saberemos o gosto do Natal
Que não cede ao sabor do natal do consumo.

Somente assim saberemos o brilho do Natal cristão,
Que não se ofusca pelo brilho passageiro das luzes das vitrines,
Que não se traduz na fartura ou ausência do pão provisório,
Mas que nos remete à Mesa do Pão Eterno da Palavra e da Eucaristia.

Ele veio, vem e virá sempre, para que o Natal seja sempre
O renascer do melhor de Deus para toda a humanidade:
O renascer do Verbo, do Filho Amado que existiu desde sempre,
E que veio brincar conosco, ocultando a divindade em Sua humanidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário