segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Mensagem para o 46º Dia Mundial da Paz (Papa Bento XVI) (parte final) (2013)


Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz

“Bem aventurados os que promovem a paz ,
porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9)

Em relação à Educação para uma cultura da paz ressalta o papel imprescindível da família e das instituições, de modo que os obreiros da paz “... são chamados a cultivar a paixão pelo bem comum da família e pela justiça social, bem como o empenho por uma válida educação social.”

A família cristã, de modo muito especial, guarda em si o primordial projeto da educação das pessoas segundo a medida do amor divino.

Afirma: “A família é um dos sujeitos sociais indispensáveis para a realização duma cultura da paz. É preciso tutelar o direito dos pais e o seu papel primário na educação dos filhos, nomeadamente nos âmbitos moral e religioso. Na família, nascem e crescem os obreiros da paz, os futuros promotores duma cultura da vida e do amor”.

A Igreja tem papel fundamental nesta grande responsabilidade “... através da nova evangelização, que tem como pontos de apoio a conversão à verdade e ao amor de Cristo e, consequentemente, o renascimento espiritual e moral das pessoas e das sociedades.

O encontro com Jesus Cristo plasma os obreiros da paz, comprometendo-os na comunhão e na superação da injustiça.”

Papel também especial em favor da paz possuem as instituições culturais, escolásticas e universitárias – “Delas se requer uma notável contribuição não só para a formação de novas gerações de líderes, mas também para a renovação das instituições públicas, nacionais e internacionais...”

Acena para uma necessária pedagogia do obreiro da paz que “... requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados... é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância... dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar, de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação.

Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal se vence com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os Seus filhos (cf. Mt 5, 21-48).

Em resumo, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança, tendo Jesus como a encarnação do conjunto destas atitudes na Sua vida até ao dom total de Si mesmo, até «perder a vida» (cf. Mt 10, 39; Lc 17, 33; Jo 12, 25).

Finaliza convidando a todos que se tornem autênticos obreiros e construtores da paz, para que a cidade do homem cresça em concórdia fraterna, na prosperidade e na paz.



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