Advento: A presença do Senhor na aparente ausência
No primeiro Domingo do Tempo do Advento (ano B), somos convidados à vigilância, numa frutuosa preparação para o Natal do Senhor, em oração e revisão de nossos caminhos. Somos exortados à alegre espera d’Aquele que veio, vem e virá: Jesus.
Na passagem da primeira Leitura (Is 63,16b-17.19b; 64,2b-7) meditamos uma das mais belas orações da Sagrada Escritura. No momento pós-exílio, o Profeta tem diante de si um povo desanimado, sem esperança e com a emergente necessidade de reconstrução de sua história. É preciso que o povo reconheça que sua condição é fruto de sua infidelidade e abandono dos preceitos divinos, distanciamento de Deus e Seu Projeto. Com isto mergulhou em situação de pecado e desolação.
O Profeta invoca a proteção e a intervenção de Deus, confiando em Sua Misericórdia e Onipotência. O novo na história do Povo de Deus acontecerá se todos se colocarem em Suas mãos como barro, pois Ele é o Oleiro que nos molda.
É preciso que o povo volte aos caminhos de Deus e da Aliança, pois por si nenhum povo, ninguém consegue emergir de uma situação de dificuldade e escuridão.
É preciso que o povo volte aos caminhos de Deus e da Aliança, pois por si nenhum povo, ninguém consegue emergir de uma situação de dificuldade e escuridão.
A misericórdia e a onipotência divinas esperam nossa resposta de amor, nossa interação. Deus não nos infantiliza no Seu relacionamento de Amor, antes, nos responsabiliza, leva-nos ao amadurecimento necessário.
Reflitamos:
Reflitamos:
- Como me coloco nas mãos de Deus?
- Qual o nível de minha fidelidade aos preceitos e Projeto de Deus?
- Confio em Sua onipotência e misericórdia?
Na passagem da segunda Leitura (1Cor 1,3-9), o Apóstolo Paulo nos apresenta o caminho da vigilância: acolher a graça e a paz de Deus de coração aberto, multiplicar os dons que Ele concede à comunidade (carismas e dons são dados para o crescimento da comunidade). Todos devem se esforçar para viver uma vida santa e irrepreensível aos olhos de Deus.
Reflitamos:
- Como acolho a graça e a paz de Deus em minha vida?
- Sou um instrumento da paz de Deus no mundo?
- Quais os dons que possuo e como os coloco a serviço da comunidade?
- O que deve ser revisto e transformado em minha conduta para que possa acolher e celebrar um Santo e Verdadeiro Natal do Senhor?
O Evangelista São Marcos na passagem proclamada (Mc 13,33-37) apresenta um discurso escatológico de Jesus. Fala-nos dos finais dos tempos e a necessária atitude de vigilância na espera da segunda vinda gloriosa do Senhor.
Exige-se dos discípulos fidelidade, coragem, vigilância. A comunidade precisa de estímulo e alento.
A Parábola de Jesus entendamos:
O dono da casa que partiu (Jesus); o porteiro (os responsáveis pela comunidade, as lideranças) e todos devem ser ativos e vigilantes.
A Parábola exorta a coragem e a perseverança dos discípulos na fidelidade ao Senhor até que Ele venha.
Tempo do Advento é a mais bela notícia de que o Senhor vem ao nosso encontro. Alegremo-nos! É preciso reconhecer Sua presença na aparente ausência.
A vigilância consistirá, portanto, em assumir os compromissos batismais, não viver de braços cruzados numa espera passiva, esperando que Deus tudo resolva, ser uma voz ativa e questionadora no mundo (sal, luz, fermento – não se conformando a este século), lutar contra toda e qualquer forma de violação da vida, da concepção ao declínio natural.
Reflitamos:
- Como vivo os meus compromissos batismais?
- Qual deve ser a atitude dos discípulos diante das vicissitudes, dificuldades que marcarão a caminhada histórica da comunidade até que Ele venha para instaurar definitivamente o novo céu e a nova terra?
- Sou uma voz ativa no meu dia a dia?
- Empenho-me corajosamente na construção de um mundo novo?
- A vinda do Senhor é hoje. Vivo cada dia de minha existência como se fosse o último?
- De que modo assumo e participo na missão evangelizadora?
Que o Tempo do Advento consista, de fato, na oportunidade de um novo começo para todos nós. Estamos apenas dando os primeiros passos para um Santo Natal cheio de luz, alegria, paz e amor.
Fonte de pesquisa: www.Dehonianos.org/portal
Fonte de pesquisa: www.Dehonianos.org/portal
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