Cristo, Rei do Universo!
Ao celebrar a Solenidade de Cristo, Rei e Senhor do Universo, refletimos sobre o que é ser rei.
Para muitos, ser rei é ser alguém que governa dominando, tiranizando, pela força se impondo, com proveitos incontáveis como luxo, fama, prazer, bens, terras, riquezas materiais, domínios...
Para muitos, ser rei é ser alguém que governa dominando, tiranizando, pela força se impondo, com proveitos incontáveis como luxo, fama, prazer, bens, terras, riquezas materiais, domínios...
Deste modo, participar do Reinado de Jesus, reinar com Ele que é um Rei diferente.
Um reinado que não se impõe pela força, nem pela tirania, nem pelo despotismo, tampouco pelo acúmulo de riquezas, posses, terras...
O Reinado de Jesus não se impõe pela opressão e destruição de outro povo, pela insana sede de poder, nem pelo sangue de vítimas inocentes…
Um Reino que cresce a cada dia porque edificado no amor, e por amor, através daquele que veio, vem e virá:
“Pois é preciso que Ele reine até que todos os Seus inimigos estejam debaixo de Seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. E, quando todas as coisas estiverem submetidas a Ele, então o próprio Filho Se submeterá Àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos” (1 Cor 15, 25-26).
Somos, pelo Batismo, partícipes deste reinado, tornamo-nos reis, sacerdotes, profetas e pastores.
Somos discípulos missionários do Rei Pastor, Rei Soberano/Absoluto, Rei Juiz de todos os povos, pois é Ele quem nos julgará se somos dignos da participação do banquete eterno, alegria sem fim, ou se seremos os malditos condenados ao fogo do inferno, queimados pelo mesmo amor que em vida repelimos, ignoramos, nos fechamos.
Céu ou inferno, eterna alegria ou eterno desespero depende de nossas escolhas, de nossos gestos solidários em favor dos mais pequeninos.
Céu ou inferno será o prolongamento de nossa opção no tempo presente.
Seremos julgados não pela quantidade de orações, cultos, Missas, procissões…
A entrada no céu não se dá pela quantidade de nossa prática religiosa, mas… é evidente que, quanto mais rezamos, quanto mais celebramos, quanto mais a Bíblia conhecemos, maior deve ser nosso compromisso com a Vida, com nossos irmãos e irmãs.
A prática religiosa torna-se, portanto indispensável para nos fortalecer, enriquecer, iluminar nos assegurando a abertura das portas dos céus, o mergulho na eternidade/plenitude do amor de Deus.
Deus com certeza nos cobrará a ressonância de nossas orações, rezas, Missas, Celebrações, pois é impensável o divórcio entre a fé e a vida.
A vida que celebramos e a celebração que vivemos andam de mãos dadas, mais ainda, se encontram em frutuoso abraço, multiplicando sinais de partilha, amor, comunhão…
Reinar com Jesus é empenhar-se com todo ardor pela construção de uma realidade marcada por princípios indispensáveis.
Reinar com Jesus é traduzir a Oração do Senhor em realidade em nossa vida:
“Venha a nós, Senhor, o Vosso Reino…”
Como rezamos no Prefácio da Missa de Cristo Rei do Universo:
“Reino eterno e universal: Reino de verdade e vida, Reino de santidade e graça, Reino da Justiça, do amor e da paz”.
Reinar com Jesus é fazermos o máximo
que pudermos, por amor e com amor, para que
“Deus seja tudo em todos” (cf. 1 Cor 15,23-28)
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