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terça-feira, 2 de setembro de 2025
Somos libertos pela Palavra e ação de Jesus
Somos libertos pela Palavra e ação de Jesus
“O que é isso? Um ensinamento novo, dado com autoridade...
Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”
Deus tem um Projeto de liberdade e vida plena para a humanidade, que se contrapõe aos projetos marcados pelo egoísmo, escravidão de toda forma e morte.
Na passagem do Evangelho (Mc 1,21-28), vemos a ação de Jesus, o Filho de Deus, que vem cumprir o Projeto de libertação.
Depois de apresentar o chamamento dos discípulos, o Evangelista apresenta uma jornada ministerial do Senhor, com Sua autoridade revelada no ensino e diante dos “espíritos impuros”.
Com Sua Palavra e ação, Jesus renova aqueles que O acolhem e acreditam em Sua Palavra, tornando-os verdadeiramente livres do egoísmo, do pecado e da própria morte.
A ação de Jesus faz suscitar a interrogação daqueles que O viram ensinar e expulsar os demônios: “Que vem a ser isto? Uma nova doutrina e com que autoridade!”. Também nós devemos nos perguntar “quem é Jesus para nós?”
Jesus veio nos libertar de tudo o que nos faça “prisioneiros” e nos roube a vida e a alegria de viver. Com Sua Palavra e ação, Jesus nos revela que Deus não desistiu da humanidade, e quer conduzi-la à vida plena e feliz.
Seus seguidores não poderão cruzar os braços, continuando a Sua missão na luta contra os “demônios” de tantos nomes, que roubam a vida e a liberdade das pessoas.
O discípulo de Jesus, com Sua Palavra e presença, luta na libertação de todos os demônios que desfiguram as pessoas, para que estabeleçamos relações mais fraternas.
Ser discípulo consistirá em percorrer o mesmo caminho que Ele percorreu, lutando até o fim, em total doação da vida para que tenhamos um mundo mais humano, mais livre, mais solidário, mais justo e mais fraterno. Sendo assim, é inconcebível que os discípulos cruzem os braços, de olhos voltados para o céu.
Há um mundo a ser transformado e, como Igreja em saída (como tem insistido o Papa Francisco), não podemos ficar fechados em nossas sacristias, mas assumir corajosamente, com a força do Espírito, com sabedoria e criatividade, a dimensão missionária, elemento constitutivo da Igreja, presença nas mais diversas realidades, em incansável empenho para a transformação das realidades: familiar, social, política, econômica, cultural, do trabalho e da comunicação.
Nem sempre isto se dá de modo tranquilo, porque pode gerar conflitos, divisões, sofrimentos, incompreensões, perseguições, mas vale a pena, porque é fiel Àquele que prometeu jamais nos desamparar, jamais nos deixar órfãos na missão por Ele confiada, afinal nos comunicou o Seu Espírito, que nos assiste em todos os momentos.
O discípulo de Jesus é alguém que embarcou nesta aventura de amor que dá sentido à vida, o que nos torna cúmplices e instrumentos nas mãos de Deus, para que construamos um mundo novo, de homens e mulheres livres e felizes.
Com o coração seduzido e inflamado por Jesus, que voltou para nós o Seu olhar de amor e nos chamou pelo nome, não há como voltar atrás; de modo que, quem pelo Senhor sentiu-se amado, já não pode mais viver sem o Seu Amor, a Sua Palavra e presença.
(1) Missal Quotidiano, Dominical e Ferial – Paulus – Lisboa – p.1177
PS: Oportuno para reflexão sobre a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 4,31-37).
“Cala-te e sai dele”
“Cala-te e sai dele”
Na terça-feira da 22ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 4,31-37).
Trata-se na ação de Jesus na sinagoga, em dia de sábado, libertando um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro.
A vitória de Jesus sobre o demônio revela o plano que Deus tem, e Jesus veio realizar, porque Jesus é o “Santo de Deus”, a intervenção de Deus, autorizado por força de palavra e poder de ação, em nosso mundo sujeito a outro poder, o poder do mal.
Com a passagem, contemplamos Jesus dando início ao Seu Ministério, ensinando e curando, com autoridade.
Esta autoridade consiste em falar de modo que aqueles que O ouvem se encontrem com a pessoa do Mestre, e pondo-se a caminho viverão a fidelidade no amor incondicional, como discípulos missionários Seus.
Muitos que O ouviram puseram a falar d’Ele, e esta é a nossa missão: comunicar a experiência que fazemos com Ele, do mesmo modo que fizeram os Seus apóstolos - “Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos” (At 4,20).
Que o Espírito do Senhor, que com Ele estava, também nos acompanhe em todos os momentos.
Concluo com as palavras de São Cirilo de Jerusalém (séc. IV) sobre a ação do Espírito Santo em nossa missão evangelizadora:
“Branda e suave é a Sua aproximação; benigna e agradável é a Sua presença; levíssimo é o Seu jugo! A Sua chegada é precedida por esplêndidos raios de luz e ciência. Ele vem com o amor entranhado de um irmão mais velho: vem para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar a alma de quem o recebe, e, depois, por meio desse, a alma dos outros.”
PS: Fonte - Missal Cotidiano - Editora Paulus - pp.1224-1225
“Sai deste homem”
Em poucas palavras...(XXIIIDTCC)
"A glória de Deus..."
“Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que veem a Deus”.(1)
(1) Bispo Santo Irineu (séc. II)
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
O Sol do Amor amadurece nossa liberdade
Ó Espírito Santo de Deus!
Ó Espírito Santo de Deus!
O Espírito Santo nos conduz na missão
Rezando com os Salmos - Sl 76 (77)
Inabalável e incondicional confiança no Senhor
Salmo
de Asaf.
–2 Quero clamar ao
Senhor Deus em alta voz,
em alta voz eu clamo a Deus: que Ele me ouça!
=3 No meu dia de aflição busco o Senhor;
sem me cansar ergo, de noite, as minhas mãos,
e minh'alma não se deixa consolar.
–4 Quando me lembro do Senhor, solto gemidos,
e, ao recordá-Lo, minha alma desfalece.
–5 Não me deixastes, ó meu Deus, fechar os olhos,
e, perturbado, já nem posso mais falar!
–6 Eu reflito sobre os tempos de outrora,
e dos anos que passaram me recordo;
–7 meu coração fica a pensar durante a noite,
e de tanto meditar, eu me pergunto:
–8 Será que Deus vai rejeitar-nos para sempre?
E nunca mais nos há de dar o seu favor?
–9 Por acaso, Seu amor foi esgotado?
Sua promessa, afinal, terá falhado?
–10 Será que Deus se esqueceu de ter piedade?
Será que a ira Lhe fechou o coração?
–11 Eu confesso que é esta a minha dor:
‘A mão de Deus não é a mesma: está mudada’
–12 Mas, recordando os grandes feitos do passado,
Vossos prodígios eu relembro, ó Senhor;
–13 eu medito sobre as Vossas maravilhas
e sobre as obras grandiosas que fizestes.
–14 São santos, ó Senhor, Vossos caminhos!
Haverá deus que se compare ao nosso Deus?
–15 Sois o Deus que operastes maravilhas,
Vosso poder manifestastes entre os povos.
–16 Com Vosso braço redimistes vosso povo,
os filhos de Jacó e de José.
–17 Quando as águas, ó Senhor, Vos avistaram,
elas tremeram e os abismos se agitaram
=18 e as nuvens derramaram suas águas,
a tempestade fez ouvir a Sua voz,
por todo lado se espalharam Vossas flechas.
=19 Ribombou a vossa voz entre trovões,
Vossos raios toda a terra iluminaram,
a terra inteira estremeceu e se abalou.
=20 Abriu-se em pleno mar Vosso caminho
e a Vossa estrada, pelas águas mais profundas;
mas ninguém viu os sinais dos Vossos passos.
–21 Como um rebanho conduzistes Vosso povo
e o guiastes por Moisés e Aarão.”
Com o Salmo 76(77), o salmista lembra as maravilhas do Senhor:
“Confrontando
a dolorosa situação presente com o passado glorioso do povo, o salmista reza, e
certo de que Deus renovará os prodígios do seu amor (v.11ss), reencontra a
esperança no Pastor de Israel (v. 21).”
(1)
O Apóstolo Paulo também nos exorta a manter firme confiança no
Senhor em todos os momentos, sobretudo nos mais adversos:
“Em
tudo somos atribulados, mas não abatidos; postos em apuros, mas não
desesperançados; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não
aniquilados; por toda a parte e sempre levamos em nosso corpo a morte de Jesus,
para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo.” (cf. 2Cor
4,8-10).
Oremos:
Ó
Deus, renovai e fortalecei nossa confiança em Vós, a fim de que tenhamos resistência
na tentação, paciência na tribulação e sentimentos de gratidão na prosperidade.
Por N. S. J.C. Amém.
(1)
Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 790
Em poucas palavras...
A Sagrada Escritura
"Se conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e Sua Sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. (1)
(1) São Jerônimo: Presbítero e Doutor da Igreja (340-420) tradutor da Bíblia para o Latim, que até então era em hebraico e grego, por longos 35 anos.
Citado no parágrafo n.133 do Catecismo da Igreja Católica
Dai-nos, Senhor, um “olhar de pomba”
Dai-nos, Senhor, um “olhar de pomba”
Retomemos um parágrafo da Exortação Verbum Domini, sobre a importância do Espírito Santo na vida da Igreja e no coração dos fiéis, na compreensão da Sagrada Escritura.
“Conscientes deste horizonte pneumatológico, os padres sinodais quiseram lembrar a importância da ação do Espírito Santo na vida da Igreja e no coração dos fiéis relativamente à Sagrada Escritura: sem a ação eficaz do «Espírito da Verdade» (Jo 14, 16), não se podem compreender as palavras do Senhor.
Como recorda ainda Santo Irineu: «Aqueles que não participam do Espírito não recebem do peito da sua mãe [a Igreja] o alimento da vida; nada recebem da fonte mais pura que brota do corpo de Cristo».
Tal como a Palavra de Deus vem até nós no corpo de Cristo, no corpo eucarístico e no corpo das Escrituras por meio do Espírito Santo, assim também só pode ser acolhida e compreendida verdadeiramente graças ao mesmo Espírito.
Os grandes escritores da Tradição cristã são unânimes ao considerar o papel do Espírito Santo na relação que os fiéis devem ter com as Escrituras.
São João Crisóstomo afirma que a Escritura «tem necessidade da revelação do Espírito, a fim de que, descobrindo o verdadeiro sentido das coisas que nela se encerram, disso mesmo tiremos abundante proveito».
Também São Jerônimo está firmemente convencido de que «não podemos chegar a compreender a Escritura sem a ajuda do Espírito Santo que a inspirou».
Depois, São Gregório Magno sublinha, de modo sugestivo, a obra do mesmo Espírito na formação e na interpretação da Bíblia: «Ele mesmo criou as Palavras dos Testamentos Sagrados, Ele mesmo as desvendou».
Ricardo de São Víctor recorda que são necessários «olhos de pomba», iluminados e instruídos pelo Espírito, para compreender o texto sagrado.
Desejaria ainda sublinhar como é significativo o testemunho a respeito da relação entre o Espírito Santo e a Escritura que encontramos nos textos litúrgicos, onde a Palavra de Deus é proclamada, escutada e explicada aos fiéis. É o caso de antigas orações que, em forma de epiclese, invocam o Espírito antes da proclamação das leituras: «Mandai o Vosso Espírito Santo Paráclito às nossas almas e fazei-nos compreender as Escrituras por Ele inspiradas; e concedei-me interpretá-las de maneira digna, para que os fiéis aqui reunidos delas tirem proveito».
De igual modo, encontramos orações que, no fim da homilia, novamente invocam de Deus o dom do Espírito sobre os fiéis: «Deus salvador (…), nós Vos pedimos por este povo: Mandai sobre ele o Espírito Santo; o Senhor Jesus venha visitá-lo, fale à mente de todos e abra os corações à fé e conduza para Vós as nossas almas, Deus das Misericórdias». Por tudo isto, bem podemos compreender que não é possível alcançar o sentido da Palavra, se não se acolhe a ação do Paráclito na Igreja e nos corações dos fiéis.”(1)
Fundamental que invoquemos o Espírito Santo para melhor compreensão da Sagrada Escritura, e colocá-la em prática:
“Vinde Espírito Santo”
“Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso Amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado
e renovareis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis,
com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos retamente todas as coisas
segundo o mesmo Espírito
e gozemos da sua consolação.
Por Cristo Senhor Nosso. Amém”
(1) Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini – Papa Bento XVI – 2010 – parágrafo 16
Confesso...
As pétalas do Ipê cobrirão as cinzas da morte
o Ipê Amarelo se antecipa e generosamente encanta o nosso olhar.
Suas pétalas cobrem as cinzas funestas, tristes, gritantes...
em sinal da Esperança que sempre haveremos de cultivar!
Enquanto a Primavera não chega...
A chegada da Primavera é sempre sinal da “Primavera de Deus” em nossa vida.