sábado, 29 de abril de 2023

Se te sentires enfraquecido...

Se te sentires enfraquecido...

Sejamos enriquecidos pela reflexão escrita pela Bispo e Mártir Santo Inácio de Antioquia a Policarpo, muito oportuna, sobretudo quando nos sentirmos debilitados, enfraquecidos; quando algum problema se nos apresentar querendo a paz nos roubar.

“Escutai o Bispo para que Deus vos escute. Estou pronto a dar minha vida por aqueles que são submissos ao Bispo, aos Presbíteros, aos Diáconos.

Oxalá tenha eu parte com eles em Deus. Colaborai uns com os outros... Juntos lutai, juntos correi. Padecei juntos. Adormecei em união, em união levantai-vos, como administradores, familiares e servos de Deus que sois... Nenhum seja desertor.

Vosso batismo seja a vossa arma; a fé o vosso capacete; a caridade, a vossa lança; a paciência, a vossa armadura completa. As vossas obras sejam vosso depósito para receberdes em justiça o que vos é devido.

Sede generosos e longânimes uns com os outros, com mansidão, assim como Deus em relação a vós. Quem me dera gozar para sempre de vosso convívio!...

O cristão não tem poder sobre si: é todo de Deus. Esta é obra de Deus e vossa, quando a tiveres realizado...”.

Uma carta memorável escrita no primeiro século da Era Cristã, tempo de perseguições e martírios; tempo de sangue derramado que gerou e fecundou a Igreja, suscitando novos cristãos.

A meditação nos faz mais corajosos, valentes, pacientes e configurados à vontade divina, que não nos imobiliza.

Deus não se relaciona conosco condenando-nos ao infantilismo espiritual, e assim o O Bispo compara a vida cristã à vida de um soldado.

Reflitamos:

- Vivemos o batismo com alma, com entusiasmo e coragem?
- A fé é o capacete que nos protege no bom combate da nossa vida?

- Amor que tudo transforma e tudo supera! Será a caridade a nossa verdadeira lança, para atingirmos amigos e inimigos?
- Do que nos revestimos para o êxito na missão por Deus confiada?

- Quais são as outras armaduras das quais devemos nos revestir para o bom combate da fé?

- Quais são as obras de misericórdia que temos a apresentar diante do Senhor, quando a Ele tivermos que nos submeter ao julgamento final?

Supliquemos a Deus a graça de bem viver o Batismo, que um dia recebemos como dom, para que Dele sejamos sal e luz. Vivendo a graça batismal sejamos:
                    
- Iluminados para Sua Luz irradiar;
- Amados para Seu infinito e imensurável amor comunicar;
- Agraciados para graças transbordar;
- Protegidos para a verdadeira proteção testemunhar;
- Fortalecidos para a verdadeira fonte de toda força anunciar.
- Alimentados pelo Pão da Palavra para a fome do mundo saciar
- Inebriados pelo Vinho da Salvação, para que na redenção do mundo possamos participar! 

Deus é, enfim a saciedade plena de tudo quanto possamos desejar, e quem d’Ele se alimenta nem fome, nem sede jamais terá: a não ser a sede d’Ele mesmo, porque somos incapazes de esgotar as maravilhas que Ele pode nos conceder.

Com o Salmista dizemos: “A minha alma tem sede de Deus...” (Salmo 41, 1-12). 

O Amor de Deus experimentado, jamais será renegado, tão pouco exaurido, de modo que tudo o que temos e somos, de Deus procede. Quando partilhados, não nos diminui em nada, absolutamente nada, ao contrário, multiplica-se.

Com Deus quando o que de bom partilhado, aparentemente, subtraído: Multiplica-se, aumenta, transborda. Mais uma vez, de fato, a matemática de Deus nos surpreende!

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG