terça-feira, 5 de dezembro de 2023

A Virtude da Paciência

Virtude da Paciência 

No Tempo do Advento fecundamos o coração para que nele nasça o Menino Deus.

Renovemos nossas forças para maior empenho, dedicação no carregar da cruz hoje, para alcançarmos e merecermos a glória da eternidade no amanhã de Deus, sem cairmos na tentação do imediatismo inútil e estéril.

À luz da Palavra de Deus, dos ensinamentos da Igreja, contidos em seu Catecismo, e dos escritos de um dos grandes santos da religiosidade popular e da Igreja, Santo Antônio, retomamos a reflexão sobre um tema muito importante: a virtude da paciência.

Uma abordagem aparentemente simples, porém torna-se difícil devido às suas implicações na vida quotidiana em todas as dimensões, pois vivemos numa sociedade marcada acentuadamente pela cultura do imediatismo.

Temos que aprender a linguagem do Espírito, cessando as palavras, em renovados compromissos com a Evangelização, a fim de construirmos uma Igreja viva e solidária, fiel ao Cristo Ressuscitado, atenta ao sopro do Espírito, sem jamais nos omitirmos na construção de uma sociedade justa e solidária e fraterna, conforme o desejo e sonho de Deus Pai.

Sempre animados pelas virtudes teologais – fé, esperança e caridade – continuemos cultivando a virtude da paciência, sem nos curvarmos à cultura do imediatismo, mas renovando sinceros compromissos com a cultura da vida, para que vivenciando o Mandamento do amor santifiquemos nossas famílias, pois de nada adiantaria falar em paciência ou em linguagem do Espírito se não tivermos o amor.

Quanto mais intenso o amor, maior será a paciência vivida, como bem nos alertou São Paulo: “amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade, tudo desculpa. Tudo crê, tudo espera e tudo suporta" (1Cor 13, 4-7).

Como Igreja, sintamo-nos sempre animados e fortalecidos pelo Fogo do Espírito, que ilumina nossa vida, reavivando a chama da fé que em nosso coração foi acesa, e num crepitar permanente tenhamos o coração ardente e os olhos abertos em cada Eucaristia celebrada.

Concluímos com as palavras de Santo Antônio em  um dos seus Sermões:

“Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando são as obras que falam”.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG