quinta-feira, 27 de junho de 2024

Em poucas palavras...

 


Nossa fé na Trindade

“Os cristãos são batizados «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19). Antes disso, eles respondem «Creio» à tríplice pergunta com que são interpelados a confessar a sua fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo: «Fides omnium christianorum in Trinitate consistit – A fé de todos os cristãos assenta na Trindade») (São Cesário de Arles).” (1)

 

(1)  Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 233

 


Ser jovem, consumir-se de amor pelo Senhor

                                                         


Ser jovem, consumir-se de amor pelo Senhor

Na Exortação Apostólica Pós-sinodal “Christus vivit” (“Cristo vive”), o Papa Francisco se dirige aos jovens e a todo o Povo de Deus.

Ao falar sobre o ser jovem, o Papa afirma que não significa apenas procurar prazeres transitórios e sucessos superficiais, mas para que tenha uma juventude fecunda:

deve ser um tempo de doação generosa;
- uma oferta sincera da vida;
- prática de sacrifícios que custem.

Cita o soneto de um grande poeta, “Cielo de tierra”, (Francisco Luís Bernardez):

“Se, para recuperar o que recuperei,
Tive de perder primeiro o que perdi,
Se, para obter o que obtive,
Tive de suportar o que suportei,

Se, para estar agora enamorado,
Tive que ser ferido,
Considero justo ter sofrido o que sofri,
Considero justo ter chorado o que chorei.

Porque no fim constatei
Que não se goza bem do gozado
Senão depois de o ter padecido.

Porque no fim compreendi
Que quanto a árvore tem de florido
Vive do que ela tem de enterrado” (1).

Concluo com este parágrafo, em que o Papa ressalta a valiosa contribuição que o jovem pode dar com sua vida, na fidelidade a Jesus, dando valor e sentido para a sua vida:

“Se és jovem em idade, mas te sentes frágil, cansado ou desiludido, pede a Jesus que te renove. Com Ele, não se extingue a esperança. E o mesmo podes fazer, se te sentires imerso nos vícios, em maus hábitos, no egoísmo ou na comodidade morbosa.

Cheio de vida, Jesus quer ajudar-te para que valha a pena ser jovem. Assim, não privarás o mundo daquela contribuição que só tu – único e irrepetível, como és – lhe podes dar” (2)



(1)         Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Christus vivit” – n.108
(2)        Idem n.109

Eu vi..

                                                        


Eu vi...

Eu vi...
Eu vi as sementes daquela flor sendo replantadas...
Eu vi uma jovem recebendo uma flor de seu amado...
Eu vi um jovem entregando uma flor para sua amada... (ainda se dá flores!)

Eu vi um homem cuidando do jardim, para que desse a flor.
Eu vi antes ele plantando a semente para que nascesse a flor.
Eu vi alguém comprando as mesmas sementes, potencial de flor.

Eu vi alguém preparando as sementes para outro dela dispor.
Eu vi a semente, da semente da semente, daquela flor.
Eu vi a semente da semente, da semente da semente da semente... daquela flor.

Eu vi a semente...
Eu vi as primeiras sementes no Éden sendo espalhadas: Obra do meu Amor
Eu não vi mais as primeiras sementes, porque elas ainda não existiam...
Mas, eu as vi antes que todos vissem,
Quando tudo por meio d'Ele criei!
Sempre vejo o que você ainda não viu!

Assim Sou Eu, assim somos Nós: Trindade Santa.
Nós o mundo pensamos, criamos, te presenteamos...
Mas Eu também vos vejo o mesmo mundo destruindo,
Com ambições desmedidas, sustentabilidade ofendida...

Mas eu também espero, porque confio em minhas amadas criaturas,
Um dia cuidarão de cada semente com mais amor e ternura!
Mas Eu também vos vejo o mesmo mundo reconstruindo,
Com novas posturas ecológicas do planeta cuidando...
Como me alegra o coração, nos limites da humana condição,
Pessoas de boa vontade: 
Luzes, cores, flores e amores - multiplicação!



PS: Para uma reflexão teológica e antropológica da criação! Convite à reflexão e atitudes que demonstrem amor ao planeta, por novas posturas ecológicas e de sustentabilidade.

Paróquia: Escola de Comunhão e de Amor

Paróquia: Escola de Comunhão e de Amor

Como Igreja que somos, precisamos testemunhar a nossa Fé, dando solidez à Esperança, na vivência concreta e eficaz da Caridade, virtudes divinas que nos movem, sobretudo diante dos desafios da realidade em que nos encontramos.

Deste modo, abertos aos desafios da realidade em que a Igreja encontra-se inserida, urge testemunhar a nossa Fé, dando solidez à Esperança, na vivência concreta e eficaz da Caridade, virtudes divinas que nos movem.

Vivendo em comunidade, a nossa fé deve ser sempre iluminada pelo exemplo das primeiras comunidades fundadas pelos apóstolos: “As comunidades eram perseverantes na Doutrina dos Apóstolos, na Comunhão Fraterna, na Fração do Pão e na Oração” (At 2, 42-45).

Para tanto, todo o itinerário do discípulo, desde o chamado, deve ser  sempre vivido na comunhão com o Mestre, que se desdobra, necessariamente, na comunhão com os outros, de modo que a dimensão comunitária é fundamental na Igreja, pois se inspira na própria Santíssima Trindade, a perfeita comunidade de amor.

Sem comunidade, não há como viver autenticamente a experiência cristã, e a Paróquia tem o grande desafio de ser este espaço, como nos afirmou a Conferência de Aparecida (2007): “Entre as comunidades eclesiais, nas quais vivem e se formam os discípulos e missionários de Jesus Cristo, sobressaem as Paróquias. São células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial. São chamadas a ser casas e escolas de comunhão”.

A Conferência
 manifesta o desejo de uma valente ação renovadora das Paróquias, a fim de que sejam “espaços da iniciação cristã, da educação e celebração da fé, abertas à diversidade de carismas, serviços e ministérios, organizadas de modo comunitário e responsável, integradoras de movimentos de apostolado já existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes.” (n. 170).

Num tempo marcado por incertezas e tantos desafios, como alegres e convictos discípulos missionários, devemos empregar todo esforço e recursos na necessária conversão das estruturas de nossas paróquias, para que, como espaço privilegiado da presença e do encontro com o Senhor, elas se coloquem a serviço da vida plena e definitiva.  

Não podemos nos acomodar, pois grande é o desafio da evangelização, a fim de que a Palavra do Senhor seja a todos os povos anunciada, e tenhamos Paróquias em contínuo processo de conversão, e comunidades que sejam verdadeiras escolas da comunhão e de amor à vida, construindo laços fraternos e eternos, iluminados pela Palavra, nutridos pela Eucaristia.

É preciso que continuemos o aprofundamento sobre as estruturas das Paróquias, e a necessária conversão, a fim de que nossas comunidades sejam, verdadeiramente, casas do Pão da Palavra, do Pão da Eucaristia e do Pão da Caridade, uma Igreja discípula, profética, missionária e misericordiosa, e como nos falou o Papa Francisco – “uma Igreja em saída”, presença nos mais diversos espaços, sobretudo nas periferias existenciais.

Uma súplica ao Deus rico em misericórdia

 

Uma súplica ao Deus rico em misericórdia

“Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9)

Ó Deus, Vós que sois tão misericordioso, compassivo conosco, feitos à Vossa imagem e semelhança, plasmados da terra virgem, e acolhedores do sopro de vida do Vosso Espírito, nós Vos adoramos e glorificamos por meio do Vosso Filho e Senhor nosso.

Ó Deus, que por meio do Vosso Filho, o Cordeiro Imolado, tirais o pecado de todo o mundo, acolhei nossa penitência e concedei-nos a graça de fazer resplandecer Vossa luz  a todos quantos possamos, bem como iluminar o mundo, por vezes, tão sombrio e obscuro.

Ó Deus, Vós que sois rico em misericórdia, infinitamente justo e lento para a ira, e cuja face nos foi revelada por meio do Vosso Filho, volvei para nós Vosso olhar de ternura e bondade, e derramai em nossos corações o Vosso divino amor por, meio do Santo Espírito. Amém.

Confiança plena somente no Senhor

                                                  

Confiança plena somente no Senhor

“...Que é a Rocha sobre a qual deve ser edificada a nossa vida,
pois Ele é o verdadeiro legislador e verdadeiro Mestre.”

A Liturgia da quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum (ano par) nos apresenta a página de um momento dificílimo vivido pelo Povo de Deus, como vemos na primeira Leitura (2 Rs 24,8-17).

Jerusalém, confiando nas forças humanas, caminhou para a sua própria destruição, tornando-se escrava de um poder esmagador, avassalador.

Com a subida do jovem rei Joaquim ao trono, por sua má conduta, atrai sobre Jerusalém a invasão do império dos babilônios (ano de 597 a.C.) com seu Rei Nabucodonosor  e soldados. Ocorre a primeira deportação e com isto um cenário desolador marcado por saques.

Ocorre a deportação das pessoas adultas da população; a família real é deportada para a Babilônia, com os funcionários, guerreiros, guias espirituais, artesãos e homens de valor.

Os tristes acontecimentos históricos, com todo cuidado narrados pelo hagiógrafo, nos apresentam um aparente fim, mas a promessa do rei da descendência de Davi se cumprirá mais tarde, com a vinda do Messias, Jesus Cristo, no qual se pode confiar plenamente.

Este momento vivido não consiste numa simples narrativa, pois traz implícita uma mensagem para aqueles que têm fé, que ultrapassarem aquele momento vivido:

“Mesmo as vicissitudes mais dolorosas, mesmo os acontecimentos mais obscuros ganham sentido se lidos à luz da Palavra de Deus, e se são acolhidos com confiança e obediência, entram a fazer parte de um desígnio de salvação. Nada é neutral na nossa vida” (1)

E relacionando com a passagem do Evangelho deste mesmo dia (Mt 7,21-29), sobre a construção da casa sobre a rocha, evidencia uma outra mensagem: nossa segurança somente se encontra no Senhor, que é a Rocha sobre a qual deve ser edificada a nossa vida, pois Ele é o verdadeiro legislador e verdadeiro Mestre.

O Senhor Jesus não é alguém que veio transmitir palavras alheias, mas a Palavra do Pai, sendo Ele a própria revelação de Deus:

 “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9); e ainda, “Eu e o Pai somos um” (17, 22).

Toda vida humana, se não enraizada em Cristo e em Sua Palavra, tende ao vazio, ao desmoronamento. Somente sobre Ele e Sua Palavra é que se pode construir uma vida marcada pelo êxito e solidez, que suporte “os ventos e tempestades” que nos acompanham no entrelaçar dos acontecimentos de nossa história, bem como de nossas famílias, comunidade e a própria história da humanidade, num contexto mais amplo.

Os verdadeiros discípulos missionários do Senhor, não colocam sua confiança nos homens, nos poderes que passam, mas tão somente em Deus, que deve ser adorado e amado com todo coração, alma e entendimento.

A garantia de uma vida feliz, alcançamos na escuta e na prática a Palavra de Deus, indispensável para que entremos no gozo da eternidade, no Reino dos Céus, como o próprio Jesus afirmou.


(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus- Lisboa - pp. 593-594.

Em poucas palavras...

 


Liturgias terrestre e celeste

«Na liturgia da terra, participamos, saboreando-a de antemão, na liturgia celeste, celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos dirigimos como peregrinos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com todo o exército da milícia celestial, cantamos ao Senhor um hino de glória; venerando a memória dos santos, esperamos ter alguma parte e comunhão com eles; e aguardamos o Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que Ele apareça como nossa vida e também nós apareçamos com Ele na glória» (1).

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1090 – citação da SC 8 e LG 50.

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