domingo, 9 de junho de 2024

Em poucas palavras...(XDTCB)

                                                


Blasfêmia

“A acusação dirigida ao Mestre de ser um endemoninhado, constitui a blasfêmia mais grave contra o Espírito de Deus, porque distorce totalmente o sentido da pessoa e da missão de Jesus... como na narração evangélica, mascaramos por vezes a nossa falta de acolhimento e a nossa rejeição quando se trata da nossa conversão, projetando em Cristo as sombras do Maligno que envolve o nosso coração.” (1)

 

(1) Lecionário Comentado – Editora Paulus – Lisboa – 2011 – pág. 128 – sobre a passagem do Evangelho de Mc 3,22-30.

 

Quem é Jesus para nós? (XDTCB)

                                                         

Quem é Jesus para nós?

A Liturgia do 10º Domingo do Tempo Comum (ano B) nos convida a refletir sobre a identidade de Jesus e a comunhão que Ele deseja viver com aqueles que quiserem se tornar seus discípulos.

Na passagem da primeira Leitura (Gn 3,9-15), refletimos sobre o pecado, o mal, e a necessária vigilância, para não cairmos na tentação do Maligno, simbolizado pela serpente.

Também se faz necessária a superação da tendência humana de se desculpabilizar, desresponsabilizar e autojustificar, como vemos na passagem, nas atitudes de nossos primeiros pais.

Nesta vigilância, estamos numa luta constante contra a “serpente”, e esta será derrotada pelo Rei-Messias, Jesus, como vemos em várias passagens do Novo Testamento – (Rm 16,20; Ap 12,9; 20,2).

Na releitura cristã, a sentença divina em relação à “serpente” apresenta-se como profecia de luta de Jesus Cristo, descendente da mulher, contra o mal e contra o seu autor, descendente da antiga “serpente” simbólica” nesta passagem apresentada.

Oportuna são as palavras do Papa Francisco sobre a ação do demônio:

“Não se dialoga com o demônio […] A vida cristã é uma luta permanente. Requer-se força e coragem para resistir às tentações do demónio e anunciar o Evangelho. […] Não pensemos que é um mito, uma representação, um símbolo, uma figura ou uma ideia. Este engano leva-nos a diminuir a vigilância, a descuidar-nos e a ficar mais expostos. O demônio não precisa de nos possuir. Envenena-nos com o ódio, a tristeza, a inveja, os vícios. E assim, enquanto abrandamos a vigilância, ele aproveita para destruir a nossa vida, as nossas famílias e as nossas comunidades, porque, “como um leão a rugir, anda a rondar-vos, procurando a quem devorar” (1Pd 5,8)” (Gaudete et Exsultate 158.161).

Na passagem da segunda Leitura (2 Cor 4,13-5,1), o Apóstolo Paulo é para nós exemplo para vencermos as tribulações do cotidiano, na vivência da fé, mantendo vivo o ardor missionário, a confiança em Deus e sobretudo a confiança e esperança da vida eterna:

“A atitude de Paulo diante das tribulações serve de modelo para os cristãos de todos os tempos, como atitude a conservar diante das provas e tribulações, quer derivem do exercício dos diversos ministérios na comunidade eclesial, quer se refiram a tantas outras situações que derivam do próprio ‘ser cristãos’ no mundo contemporâneo. É antes de mais uma atitude de fé e de confiança que tem a eternidade como fim bem visível” (1)

Paulo é um exemplo no exercício do Ministério a serviço da Igreja, não para a sua glória pessoal, e, com seu Ministério Apostólico, gera novos cristãos.

Vemos que o Apóstolo tem a esperança de estar para sempre em união perfeita com Cristo, bem como, no tempo presente, deseja ardentemente a comunhão com a comunidade, e isto o impulsiona em toda a sua missão.

Na passagem do Evangelho (Mc 3,20-35), temos revelada a identidade de Jesus – “Quem é Jesus?”.

Vemos que Ele não pactua com o Demônio, ao contrário, vem para libertar homens e mulheres de todos os tempos, e nisto consiste a realização da vontade de Deus, uma comunidade de libertos do Maligno, e de realizadores da vontade divina.

A verdadeira questão da passagem é sobre a identidade de Jesus, e o não reconhecimento d’Ele como enviado do Pai, assim como o não reconhecimento de Sua identidade divina; é o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo, e este não tem perdão.

Portanto, para fazer parte da família de Jesus, é preciso que vivamos  em total obediência à vontade de Deus, tendo a mesma atitude de Jesus na realização da vontade do Pai: o método para estabelecer uma relação de familiaridade com Jesus passa necessariamente pelo Seu seguimento, pois Ele é o primeiro a fazer a vontade de Deus, ainda que enfrentando a incompreensão e rejeição, e o Mistério da Paixão e Morte de Cruz.

Supliquemos a presença do Espírito Santo, para que, vigilantes na fé, não sucumbamos diante do poder do Maligno.

Procuremos em todos os momentos e lugares fazer a vontade de Deus, assim como Jesus o fez, para que sejamos membros de Sua família.

Tão somente assim, poderemos rezar a Oração que Ele nos ensinou, de modo especial, ao dizermos: – “Seja feita a Vossa vontade”; “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.

Em poucas palavras... (XDTCB)

 


Por que Deus não impediu o primeiro homem de pecar?

“Mas porque é que Deus não impediu o primeiro homem de pecar? São Leão Magno responde: «A graça inefável de Cristo deu-nos bens superiores aos que a inveja do demónio nos tinha tirado».

E São Tomás de Aquino: «Nada se opõe a que a natureza humana tenha sido destinada a um fim mais alto depois do pecado. Efetivamente, Deus permite que os males aconteçam para deles tirar um bem maior.

Daí a palavra de São Paulo: "onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5, 20). Por isso, na bênção do círio pascal canta-se: "Ó feliz culpa, que mereceu tal e tão grande Redentor!"».”

 

(1)Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 412

Em poucas palavras (XDTCB)

                                                        


“Todo o pecado ou blasfêmia...”

“«Todo o pecado ou blasfêmia será perdoado aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada» (Mt 12, 31). Não há limites para a misericórdia de Deus, mas quem recusa deliberadamente receber a misericórdia de Deus, pelo arrependimento, rejeita o perdão dos seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Tal endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna”. (1)

 

(1)Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 1864

A Amizade Divina e a felicidade desejada (XDTCB)


A Amizade Divina e a felicidade desejada

A Liturgia do décimo Domingo do Tempo Comum (ano B) nos convida a refletir sobre o Projeto de Deus oferecido à humanidade e a liberdade de nossa resposta. Podemos optar pelo bem ou pelo mal, pela pertença ou não de Sua família; tendo como critério para a pertença a realização da Sua vontade.

A passagem da primeira leitura (Gn 3,9-15) retrata a criação de uma forma essencialmente catequética, a partir dos nossos primeiros pais (Adão e Eva), nos oferece a oportunidade de  refletir sobre o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos os caminhos do egoísmo, do orgulho e da autossuficiência. 

Inevitavelmente quando vivemos à margem de Deus trilhamos caminhos amargos de sofrimento, destruição, infelicidade e morte.

O mal no mundo não tem origem em Deus, mas resulta de nossas escolhas erradas, do mau uso de nossa liberdade, de modo que é impossível o encontro da felicidade quando se prescinde de Deus, da Sua amizade, do Seu bem querer para todos nós: a felicidade plena e eterna.

Prescindir de Deus leva a duas consequências extremamente negativas: a hostilidade para com o outro e a inimizade com toda a criação.

Sem uma relação profunda e sincera com Deus, nos desencontramos e nos perdemos em relação a nós mesmos, em relação ao outro e ao mundo que nos cerca. Numa palavra, sem Deus não há felicidade possível.

Sem a amizade divina, somos imersos num lamaçal de mediocridade e infelicidade; na areia movediça do orgulho, do vazio, da inutilidade, da depressão, da vida sem sentido.

Sem a amizade divina, o encontro sofrível com a escuridão eterna. Rejeitar o Amor de Deus é fechar a porta para a felicidade e a eternidade.

Na passagem da segunda Leitura (2Cor 4,13-5,1), com o Apóstolo Paulo, aprendemos que viver somente tem sentido na perspectiva da Ressurreição, numa vida cristã coerente, agindo como verdadeiros discípulos missionários do Senhor.

O Apóstolo ainda nos assegura que a fé no Ressuscitado, crer em Sua presença, contando com a força e a vida do Espírito, na fidelidade a Deus que nos criou e nos ama, nossa esperança é sustentada e nossa caridade animada, na provisoriedade e brevidade de nossa existência.

Com a passagem do Evangelho (Mc 3,20-35), contemplamos a ação de Jesus em favor da vida, com aceitação de uns, rejeição e incompreensão de outros.

A cena se passa numa casa: há os que ficam do lado de fora e os que estão dentro. Há sempre aqueles que são arredios, os que ficam à porta, são os que chamamos de “católicos não praticantes”. Há aqueles que fazem parte da família de Deus, porque compreenderam a lógica desta pertença, que consiste em fazer a Sua vontade em qualquer tempo e em qualquer lugar.

Com a passagem do Evangelho, refletimos sobre a liberdade que Deus nos concede,  fazer a melhor escolha, ou seja, tudo fazer para pertencer à família de Deus, crendo na Vida Trinitária, inseridos e comprometidos com esta Comunhão Maior, promovendo e fortalecendo as outras tantas comunhões necessárias, na família, no mundo e em todo lugar.

Somente no fazer a vontade de Deus nossa felicidade se realiza. Somente neste “fazer” é que seremos autênticas testemunhas do Ressuscitado e viveremos a relação de nossos pais no Paraíso, não mais como saudade de algo que se perdeu, mas como algo que pode ser reconquistado, vivido e no céu eternizado.

Nunca voltar ao paraíso pela saudade, mas tê-lo na mente e no coração, para que nos alavanque para águas mais profundas. Jardins belos e férteis, Deus nos tem preparado, pois foi para isto que, pelo Filho, nos criou.

Somente quem entra no movimento do Espírito, o Movimento do Amor, redescobre que o Paraíso existe e é possível; de modo que, usando a liberdade que Deus nos deu, façamos nossas escolhas, saibamos a vontade de Deus realizar.

"Deus nos ama e nós cremos no amor"

“Deus nos ama e nós cremos no amor”

Para aprofundamento da Liturgia do 10º Domingo do Tempo Comum, transcrevo uma reflexão do Frei Raniero Cantalamessa, que reconstrói este processo do amor de Deus por nós em quatro etapas:

- A primeira etapa: somos transportados para antes do tempo e da história, na mesma eternidade de Deus – “Deus é amor” (1 Jo 4,8):

“É amor em si mesmo, antes de a criatura tomar consciência disso. Aparentemente nós estamos ausentes desta primeira etapa: Deus só tem que amar a Si mesmo. Sabemos, porém, que Deus, embora sendo único, não é solitário também nesta primeira fase que precede a criação.

Tem consigo, com efeito, Seu Filho, Sua imagem perfeita que ama e por quem é amado com um amor tão forte que chega a constituir uma terceira Pessoa, o Espírito Santo. Há, portanto, já, o amor de Deus, mas um amor não criado, trinitário, inacessível...

Estávamos já contidos e contemplados em Seu coração como criaturas ainda ocultas no seio e no pensamento de quem as gerou, e se espera que venham à luz”.

- A segunda etapa: é a criação, a revelação do amor oculto:

“É um gesto fundamental do amor de Deus pelas criaturas, aquele que lhe confere o ser e as faz existir... A criação é um ato de amor... este amor de Deus encontra em Seus Profetas Seus cantores insuperáveis. Deus deu a alguns homens (como Isaías, Jeremias, Oseias) um coração grande, cheio de capacidades, sensível a todo espécie de amor, para que revelassem aos homens algo de Seu insondável amor. Os Profetas fizeram o máximo...”.

- A terceira etapa: abrange as anteriores e esta etapa se chama Jesus Cristo:

“Jesus é amor de Deus feito carne; Ele é a manifestação tangível do amor do Pai – Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o Seu Filho único, para que vivamos por Ele (1 Jo 4,9)...

Em Jesus, o amor de Deus se adequou à nossa condição humana, que tem necessidade de ver, de sentir, de tocar, de dialogar... O amor de Jesus pelos homens é forte, viril, terno, constante, até a prova suprema da vida.

Porque ninguém tem amor maior do quem dá a vida pela pessoa amada (cf. Jo 5,13). E Ele deu a vida! Amor cheio de delicadeza e de calor humano: como ama as mulheres, com que delicadeza se abaixa sobre sua humilhação, sem, todavia, condescender minimamente ao mal!

Como ama os discípulos; como ama as crianças, os doentes, os pobres, os intocáveis da época... Amado, Ele muda, faz renascer, liberta (a Samaritana. Madalena). Diante do túmulo de Lázaro, disseram d’Ele: ‘Vede como Ele o amava’”.

A quarta etapa: é aquela que se estende até os dias de hoje e que se chama Espírito Santo:

“O amor de Deus que se manifestou em Cristo Jesus permanece entre os homens e vivifica a Igreja através do Espírito Santo.

O que é afinal o Espírito Santo? É o amor recíproco entre Pai e Filho que, depois da Ressurreição, se difundiu sobre os crentes, como perfume que jorra do vaso de alabastro quebrado e enche a casa: o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5); nisso é que conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós, por Ele nos ter dado o Seu Espírito (1 Jo 4,13)...

Não se trata de um amor subjetivo, isto é, de um sentimento fugaz; é algo de soberanamente objetivo e concreto. Chega a ser até uma pessoa. No Novo testamento é apresentado como O Consolador, que dá paz, força, coragem, alívio. É ‘Espírito de amor’. É chamado também ‘coração novo’, o ‘coração de carne’, porque Sua presença nos torna não só amados, mas também capazes de amar (amar de modo novo a Deus e aos irmãos). Ele é agora Aquele que realiza a impossível fidelidade do homem; tendo-O presente, com efeito, o crente pode observar os Mandamentos, pode ‘corresponder’ ao amor de Deus, o que não era possível antes de Cristo”.

De fato, assim falou o Evangelista São João: “Deus amou tanto o mundo, que deu Seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que n’Ele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

O amor de Deus é o centro de toda a Sagrada Escritura, revelado numa sucessão de gestos, de manifestações, que chamamos de “História da Salvação”.

Frei Raniero Cantalamessa finaliza nos falando da dificuldade que temos de crer no amor, considerando numerosas traições e decepções: “quem foi traído ou ferido uma vez, tem medo de amar e de ser amado, porque sabe quanto é dolorido ser enganado...”

No entanto, o cristão deve se libertar deste medo, pois esta é a sua vocação: amar, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações no batismo, e é preciso descobri-lo dentro de nós mesmos, na Igreja e ao mundo testemunhá-lo: 

“É o momento decisivo na História da Salvação, Aquele em que um homem, ou antes, uma comunidade movida pelo Espírito Santo, diz, como fazemos nós agora: ‘Deus nos ama e nós cremos no amor’”.

Oremos:

“Deus bom e fiel, que jamais Vos cansais de chamar os errantes a uma verdadeira conversão e no Vosso Filho levantado na Cruz nos curais das mordeduras do Maligno, concedei-nos a riqueza da Vossa Graça, para que, renovados no Espírito, possamos corresponder ao Vosso amor eterno e infinito”. (2)


(1)  O Verbo Se faz Carne – Raniero Cantalamessa - Editora Ave Maria - 2013 
(2) Lecionário Comentado – Volume Quaresma-Páscoa Ed. Paulus – 2011 Lisboa – p. 184

PS: Reflexão apropriada para a 13ª Sexta-feira do Tempo Comum

Deus misericordioso tem fome e sede de nossa conversão

 


Deus misericordioso tem fome e sede de nossa conversão

Sejamos enriquecidos pelo sermão do bispo e doutor da Igreja, São Pedro Crisólogo (séc. V):

“Acusa-se a Deus de inclinar-Se para o homem, de colocar-Se junto ao pecador, de ter fome de sua conversão e sede de seu retorno, de tomar o alimento da misericórdia e o cálice da benevolência.

Porém Cristo, irmãos, veio a esta ceia: a Vida veio ao seio destes convidados para que, condenados à morte, vivam com a Vida; a Ressurreição inclinou-Se para que aqueles que jaziam se levantassem de suas tumbas; a Bondade abaixou-Se para elevar aos pecadores até o perdão; Deus veio ao homem para que o homem chegue a Deus; o Juiz veio para o alimento dos culpáveis para subtrair a humanidade da sentença de condenação; o Médico veio à casa dos enfermos para restabelecê-los comendo com eles; o Bom Pastor encurvou-Se para carregar a ovelha perdida até o redil da salvação.

Por que o seu mestre come com os publicanos e pecadores? Porém quem é o pecador, a não ser aquele que recusa considerar-se como tal? Não é isto afundar em seu pecado, e verdadeiramente identificar-se com ele, ao deixar de se reconhecer pecador? E quem é injusto, senão o que se estima justo?...

Enquanto vivemos neste corpo mortal, a fragilidade domina; mesmo que triunfemos sobre os pecados de obra, não podemos vencer os de pensamento nem evitar toda injustiça; e se temos a força de escapar materialmente, e se somos capazes de vencer toda falta inconsciente, como poderemos suprimir as faltas de negligência e os pecados da ignorância...

Confessa teu pecado e poderás vir à mesa de Cristo; Cristo se fará por ti Pão, esse Pão que se partirá para o perdão de teus pecados. Cristo Se fará por ti Cálice, esse Cálice que se derramará para a remissão de tuas culpas.

Vamos, ... participa da refeição dos pecadores e Cristo participará da tua; reconhece-te pecador, e Cristo comerá contigo: entra com os pecadores no festim de teu Senhor e poderás não voltar a ser pecador; entra com o perdão de Cristo na casa da Misericórdia, não seja que com tua própria justiça sejas excluído desta morada.

Vamos, reconhece a Cristo, escuta a Cristo, Sim, escuta o teu Senhor, escuta ao médico do alto, aquele que refuta sem apelação tuas acusações falsas. Os que têm boa saúde não necessitam de médico, mas aqueles que estão enfermos. Se queres ser curado, reconhece tua enfermidade...

Não veio chamar os justos, mas aos pecadores. Sim, irmãos, sejamos pecadores em nossa confissão para não sermos pecadores graças ao perdão de Cristo.” (1)

Este sermão nos convida a reconhecer nossa condição pecadora, e a nos colocarmos em atitude de penitência, com a necessária confissão de nossos pecados, para que sejamos acolhidos, envolvidos e perdoados pela misericórdia divina.

Concluindo, urge trabalhar pelo nosso aperfeiçoamento espiritual, como nos exorta o Apóstolo Paulo na Carta aos Coríntios:

“Irmãos: Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a concórdia, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco. Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo. Todos os santos vos saúdam. A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós.” (1 Cor 13,11-13).

  

(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp.152-153 

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