Inevitavelmente quando vivemos à margem de Deus trilhamos caminhos amargos de sofrimento, destruição, infelicidade e morte.
domingo, 9 de junho de 2024
A Amizade Divina e a felicidade desejada (XDTCB)
Inevitavelmente quando vivemos à margem de Deus trilhamos caminhos amargos de sofrimento, destruição, infelicidade e morte.
Em poucas palavras...
“Não se dialoga com o demônio...”
“Não se dialoga com o demônio […] A vida cristã é uma luta permanente. Requer-se força e coragem para resistir às tentações do demônio e anunciar o Evangelho. […] Não pensemos que é um mito, uma representação, um símbolo, uma figura ou uma ideia. Este engano leva-nos a diminuir a vigilância, a descuidar-nos e a ficar mais expostos.
O demônio não precisa de nos possuir. Envenena-nos com o ódio, a tristeza, a inveja, os vícios. E assim, enquanto abrandamos a vigilância, ele aproveita para destruir a nossa vida, as nossas famílias e as nossas comunidades, porque, ‘como um leão a rugir, anda a rondar-vos, procurando a quem devorar’” (1Pd 5,8)” (1)
(1)Gaudete et Exsultate n.158.161
"Deus nos ama e nós cremos no amor"
Frei Raniero Cantalamessa finaliza nos falando da dificuldade que temos de crer no amor, considerando numerosas traições e decepções: “quem foi traído ou ferido uma vez, tem medo de amar e de ser amado, porque sabe quanto é dolorido ser enganado...”
Deus misericordioso tem fome e sede de nossa conversão
Deus misericordioso
tem fome e sede de nossa conversão
Sejamos
enriquecidos pelo sermão do bispo e doutor da Igreja, São Pedro Crisólogo (séc.
V):
“Acusa-se
a Deus de inclinar-Se para o homem, de colocar-Se junto ao pecador, de ter fome
de sua conversão e sede de seu retorno, de tomar o alimento da misericórdia e o
cálice da benevolência.
Porém
Cristo, irmãos, veio a esta ceia: a Vida veio ao seio destes convidados para
que, condenados à morte, vivam com a Vida; a Ressurreição inclinou-Se para que
aqueles que jaziam se levantassem de suas tumbas; a Bondade abaixou-Se para
elevar aos pecadores até o perdão; Deus veio ao homem para que o homem chegue a
Deus; o Juiz veio para o alimento dos culpáveis para subtrair a humanidade da
sentença de condenação; o Médico veio à casa dos enfermos para restabelecê-los
comendo com eles; o Bom Pastor encurvou-Se para carregar a ovelha perdida até o
redil da salvação.
Por que o seu mestre
come com os publicanos e pecadores? Porém
quem é o pecador, a não ser aquele que recusa considerar-se como tal? Não é
isto afundar em seu pecado, e verdadeiramente identificar-se com ele, ao deixar
de se reconhecer pecador? E quem é injusto, senão o que se estima justo?...
Enquanto
vivemos neste corpo mortal, a fragilidade domina; mesmo que triunfemos sobre os
pecados de obra, não podemos vencer os de pensamento nem evitar toda injustiça;
e se temos a força de escapar materialmente, e se somos capazes de vencer toda
falta inconsciente, como poderemos suprimir as faltas de negligência e os pecados
da ignorância...
Confessa
teu pecado e poderás vir à mesa de Cristo; Cristo se fará por ti Pão, esse Pão
que se partirá para o perdão de teus pecados. Cristo Se fará por ti Cálice,
esse Cálice que se derramará para a remissão de tuas culpas.
Vamos,
... participa da refeição dos pecadores e Cristo participará da tua;
reconhece-te pecador, e Cristo comerá contigo: entra com os pecadores no festim
de teu Senhor e poderás não voltar a ser pecador; entra com o perdão de Cristo
na casa da Misericórdia, não seja que com tua própria justiça sejas excluído
desta morada.
Vamos,
reconhece a Cristo, escuta a Cristo, Sim, escuta o teu Senhor, escuta ao médico
do alto, aquele que refuta sem apelação tuas acusações falsas. Os que têm boa
saúde não necessitam de médico, mas aqueles que estão enfermos. Se queres ser
curado, reconhece tua enfermidade...
Não veio chamar os
justos, mas aos pecadores. Sim,
irmãos, sejamos pecadores em nossa confissão para não sermos pecadores graças
ao perdão de Cristo.” (1)
Este
sermão nos convida a reconhecer nossa condição pecadora, e a nos colocarmos em
atitude de penitência, com a necessária confissão de nossos pecados, para que
sejamos acolhidos, envolvidos e perdoados pela misericórdia divina.
Concluindo,
urge trabalhar pelo nosso aperfeiçoamento espiritual, como nos exorta o
Apóstolo Paulo na Carta aos Coríntios:
“Irmãos:
Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a
concórdia, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco. Saudai-vos
uns aos outros com o beijo santo. Todos os santos vos saúdam. A graça do Senhor
Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos
vós.”
(1 Cor 13,11-13).
(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp.152-153
Adoro-Vos, ó Senhor
Adoro-Vos, ó Senhor
“A esperança, com efeito, é para nós qual ancora da vida, segura e
firme, penetrando para além da cortina do santuário, onde Jesus entrou por nós,
como precursor, feito Sumo-Sacerdote e eterno na ordem de Melquisedec” (Hb
6,19-20)
Adoro-Vos, ó Senhor Jesus Cristo, pois graças à Vossa Páscoa, mistério
de morte e ressurreição, entrastes de uma vez por todas na morada de Deus,
quando tão somente o Sumo-Sacerdote era o único homem que podia penetrar no
Santo dos Santos, o lugar mais sagrado Templo, e encontrar-se na presença de
Deus.
Adoro-Vos, ó Senhor Jesus, pois uma vez tendo entrado, sois uma âncora
lançada, não no mar, mas no próprio coração do Pai; e com esta ancoragem deriva
para todos, que em Vós cremos, a certeza da Sua comunhão com Deus.
Adoro-Vos, ó Senhor Jesus, pois dando Vossa vida por amor de nós,
fostes fiel a Deus Pai que não falta à Sua palavra; quando muito pelo
contrário, confirmou as promessas a Abraão, certificando-a com juramento; por
isso estamos certos da esperança que nos é oferecida.
Adoro-Vos, ó Senhor Jesus e em cada Eucaristia, de modo especialíssimo
na Missa Dominical assiduamente participada, fazemos memória do Vosso Mistério
Pascal e celebramos a libertação da morte e do pecado e a entrada na própria
vida de Deus, e o nome desta liberdade sois Vós: Jesus.
Adoro-Vos, ó Senhor Jesus, pois nos abristes o caminho que nos leva
para além do véu do Santuário, e ajudai-nos, a fim de que vivamos em perfeita
comunhão com Vosso Pai, com a força, presença e luz do Santo
Espírito.
“Senhor Deus, criador e renovador de todas as coisas, abri-nos as
portas da Vossa misericórdia, e fazei que celebremos santamente o dia de Jesus
Ressuscitado, dia da escuta e da ágape eucarística, dia da fraternidade e do
repouso, para que todas as criaturas cantem conosco os novos céus e a nova
terra”. Amém.
PS: Passagem da Leitura - Hb 6,10-20
Fonte: Lecionário Comentado – Volume I do Tempo Comum – Editora Paulus – Lisboa – 2011 – pp.801-805
Em poucas palavras...
Sacramentos da Iniciação Cristã
“A iniciação cristã faz-se pelo conjunto de três sacramentos: o Batismo, que é o princípio da vida nova; a Confirmação, que é a consolidação da mesma vida; e a Eucaristia, que alimenta o discípulo com o corpo e sangue de Cristo, em vista da sua transformação n'Ele.” (1)
(1)Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1275
O Plano de Deus para nós: Vida plena e feliz (XDTCB)
“A mensagem da Liturgia da Palavra está cheia de esperança: não há pecado pessoal ou universal que não possa encontrar o perdão de Deus, melhor, a alegria do Seu perdão: não há história de pecado pessoal ou original que não possa tornar-se história de salvação, graças ao Médico Divino que veio curar todos os doentes do corpo ou do espírito. Jesus é o redentor e o salvador de todos e de cada um, de cada pecado e de todos os pecados”. (4)