domingo, 9 de junho de 2024

“O medo tomou conta de mim” (XDTCB)

“O medo tomou conta de mim”

“Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando:
‘Onde está você? ‘
E ele respondeu:
‘Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo,
porque estava nu; por isso me escondi"
(Gn 3,9-10)

O medo tomou conta de mim, já não sei mais quem sou.
Quis ser como Deus e descobri minha insana pretensão.
Não soube corresponder ao Teu desígnio de amor,
Não fui capaz de me relacionar como criatura Tua
Feita do barro, em Tua mão divina de oleiro.

O medo tomou conta de mim, lamentavelmente, me distanciei de Ti
Permiti que o pecado corroesse minhas fibras mais profundas,
Manchei a minha alma com nódoas do pecado,
E mergulhei no mais profundo do vale de minha miséria.
A Ti suplico, com clamores e lágrimas, Tua divina misericórdia.

O medo tomou conta de mim, perdi a luz do caminho;
Permiti que a escuridão das trevas me envolvesse;
Coração seduzido por brilhos fugazes e enganadores,
Ferindo-me por entre espinhos, quase insuportáveis dores,
Pisando e me ferindo em pedras, caindo no abismo de mim mesmo.

O medo tomou conta de mim, não seja ele para sempre.
Volto para Ti com coração chagado, envergonhado, ferido,
Como o filho mais novo da Parábola da Misericórdia identificado,
Ponho-me em Tua presença, quero Teu perdão, ainda que...
Ainda que não mereça, Pai Eterno de infinita bondade.

Perdão pela desobediência cometida.
Perdão pela arrogância em mim invadida.
Perdão pela ingratidão ao Teu amor infinito.
Perdão pela amizade corrompida, traída.
Sou Teu, tão frágil, cura minhas feridas.

Cessa meu medo. Acolha-me, ainda que eu não mereça.
Renova-me! Retira-me do lamaçal do pecado,
Ao qual, no mau uso da liberdade, sucumbi.
Perdoa-me! Não posso viver sem Ti.
Não posso viver sem Teu divino amor. Amém.

Vontade divina realizada, à sua família pertencemos (XDTCB)

                                                   


Vontade divina realizada, à sua família pertencemos

No 10º Domingo do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 3,20-35), na qual Jesus nos ensina que Sua família é constituída por todos aqueles que fazem a vontade de Deus, e não tão apenas pelos laços de sangue.

É condição indispensável, portanto, um compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus, sem jamais fazer a separação entre que o se crê e o que se vive, o que se celebra e o que se traduz no cotidiano, nos mais diversos âmbitos da vida.

Deste modo, para Jesus, há algumas exigências indispensáveis para que alguém se torne importante para Ele, e de Sua família faça parte:

- ouvir a Palavra de Deus, colocando em prática;
- pautar toda existência pelo Mandamento maior do Amor a Deus e ao próximo; amando como Ele nos ama – “amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei” (Jo 13,34);

- saber perdoar, e procurar o perdão, quando necessário, como expressão de que todos somos passíveis de erros e necessitados do perdão do outro, para viver a autêntica misericórdia que Ele nos ensinou;
- ter a alegria de partilhar o melhor que se possui, para que o milagre da multiplicação continue a ser realizado, de modo que não haja necessitados entre nós;

- aprender que, na acolhida do outro, se acolhe o próprio Jesus, sobretudo se for um pequenino, pobre, doente, marginalizado;
- saber se esforçar, quando preciso, em ser sinal de consolo, compreensão e solidariedade, como a mais bela expressão da compaixão divina com expressões concretas;

- ser comprometido com a Boa-Nova do Reino, com coragem e profecia, sem deixar-se submergir no medo, na omissão e na indiferença;
- viver a doação pura e simples, sem nada esperar em troca, na mais perfeita alegria;

- saber ser feliz com os que são felizes, mas também saber chorar com os que choram,
- não somente se encontrar e se reunir para celebrar, orar, mas fazer o necessário prolongamento no dia a dia, jamais separando a Mesa da Palavra e do Altar das incontáveis mesas do cotidiano .

Há outras exigências, mas estas já são o bastante para avaliarmos o quanto somos, de fato, membros da família de Jesus.

Neste sentido, contemplamos Maria, Sua Mãe, como a mais perfeita e integrada em Sua família, porque não somente foi Mãe da Salvador, pela ação do Espírito Santo, mas em todo o seu viver sempre colocou a vontade Deus acima da própria vontade.

Maria é por excelência modelo de escuta à prática da Palavra, e nos ensina o mesmo fazer, e mais: com ela também podemos contar, para que o mesmo façamos, ressoando em nosso coração suas palavras que não emanaram de seus lábios apenas, mas de um coração pleno do amor e graça divina:

“Fazei tudo o que o meu Filho vos disser” (Jo 2,5).

Amizade perdida e reencontrada (XDTCB)

                                                         

Amizade perdida e reencontrada

 “Onde estás?”
“Por que fizeste isso?”(cf. Gn 3,9-15.20)


Nas primeiras páginas do Livro de Gênesis, temos o chamado amoroso de Deus a Seus primeiros filhos:

“Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: ‘Onde estás?’.

Ele respondeu:
‘Ouvi Teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me’.

Deus perguntou:
‘E quem te disse que estavas nu?’ Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?’

O homem respondeu:
‘A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi’.

Então o Senhor Deus perguntou a mulher:
‘Por que fizeste isso?’

E a mulher respondeu:
‘A serpente enganou-me, e eu comi’”. (1)

Como que num longo tempo de espera, na plenitude dos tempos, o Filho Único, Jesus, ao entrar no mundo, fazendo doação e entrega da Sua vida por amor à humanidade, assumindo nossa condição humana, igual a nós, exceto no pecado, deu a resposta:

“Por esta razão, ao entrar no mundo, Cristo declara: ‘Não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste um corpo para mim. Não foram do Teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis que Eu vim, ó Deus para fazer a Tua vontade, como no livro está escrito a meu respeito’” (Hb 10, 5-7).

Se de um lado nossos primeiros pais se afastaram de Deus, através do pecado, da desobediência, da infidelidade, de outro lado, Jesus com Sua vida nos ensina como viver na graça, obediência e fidelidade a Deus.

Se de um lado nossos primeiros pais se esconderam de Deus, com a perda da amizade e intimidade, Jesus vem para nos reconciliar com Deus na mais bela e puríssima amizade conosco, nos mergulhando na profunda intimidade e amizade com Deus, porque, Se encarnando em nosso meio, encarnou-se a Misericórdia Divina, que veio ao encontro da miserável condição de nossa humanidade.

Se de um lado nossos pais foram seduzidos pela serpente, Jesus, no deserto, nos ensinou a vencê-la, em total adoração e obediência à vontade do Pai.

Se de um lado nossos pais colocaram seu querer e vontade acima do querer de Deus, quiseram ser como deuses, Jesus veio, e Se apresentou diante do Pai, colocando sempre em primeiro plano a vontade do Pai, para que reaprendêssemos a viver como o Criador concebeu, e recuperássemos o que havíamos no Paraíso perdido, e agora, com renovados compromissos, o Paraíso a ser construído.

Respondamos à pergunta que Deus fez aos nossos pais: 

“Onde estás e o que fizeste?”

Digamos como o Filho amado: 

Aqui estamos, ó Deus, com Vosso Filho, e com a força do Vosso Espírito, para cumprir Vossos desígnios de santidade, para que, tão somente assim, reencontremos a verdadeira felicidade. Amém!”


(1) Bíblia Sagrada – Tradução da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil –
Catecismo da Igreja Católica – n.2568

Cresçamos no amor mútuo

 


Cresçamos no amor mútuo
 

“Que o vosso amor cresça sempre mais...”

Reflexão à luz da passagem da Carta de Paulo aos Filipenses ( Fl,1-11). 

Trata-se de um breve exórdio em que o Apóstolo Paulo exprime a doçura do seu amor especial para com a Igreja de Filipos, presente em sua mente e coração, sobretudo num momento tão difícil de sua prisão (Fl 1,7). 

É visível a ternura incontida do Apóstolo para com esta comunidade, que acompanha com saudades e Oração. 

No versículo 4 encontramos uma Oração que ele eleva a Deus pela Comunidade, e mais acentuadamente nos versículos 9-10:

E isto peço em Oração: que o vosso amor cresça sempre mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem ofensa até o dia de Cristo”. 

Urge que nosso amor cresça sempre mais para discernirmos o que é melhor, para sermos íntegros e irrepreensíveis na espera de sua vinda gloriosa, cheios de frutos de justiça e santidade para a glória de Deus. 

Com o Apóstolo elevemos a Deus súplicas para que cresçamos na vivência do verdadeiro amor dado a nós pelo Senhor e testemunhado na Sua doação, entrega e Morte na Cruz, o Amor redentor, reconciliador e de vida nova inaugurador. 

Que o nosso amor aumente sempre mais:

- pela comunidade, pelo movimento ou serviço Pastoral que participamos; 

- entre os Agentes de Pastoral e os Presbíteros; 

- entre os casais e seus filhos; 

- pelas crianças, jovens, idosos e enfermos.

Continuemos elevando a nossa Oração ao Senhor, pois orar é ao mesmo tempo compromisso que se renova no coração de amar como Ele, a Divina Fonte do Amor, amou, e que tão bem o Apóstolo expressou e testemunhou.

“Pai Nosso que estais nos céus...”

 

A vocação profética e o cortejo da vida (XDTCC)

A vocação profética e o cortejo da vida

No 10º domingo do Tempo Comum (Ano C), a Palavra de Deus nos possibilita a retomada de um tema de extrema importância: a vocação profética.

Tanto a passagem da primeira Leitura (1Rs 17,17-24) como o Evangelho (LC 7,11-17), nos falam da morte do filho de uma viúva e a ação solidária e misericordiosa de Deus para com elas, pois a morte deles sem a intervenção divina seria a perda da esperança e derrota definitiva. Duas histórias parecidas falando da vida resgatada por Deus.

Deus jamais abandona o Seu Povo ao poder da morte, mas sempre o visita e envia Profetas para ser sinal de Sua presença. Ele mesmo veio ao encontro da humanidade, através de Seu Filho Amado.

Jesus é o grande Profeta que visita Seu povo em total oblação, na oferenda de Sua vida. A ação de Jesus nos revela que a vida triunfa sobre a morte. Ele nos oferece a plenitude da alegria: ação marcada pela piedade, compaixão e ação efetiva que transforma a morte em vida, a dor em alegria, a treva em luz.

A ação de Jesus nos faz pensar em dois diferentes cortejos: da morte ou da vida.

- Qual deles seguimos?
- Que caminho fazemos?
- Com quem somamos?

- Temos convicção de que não podemos entrar na fila dos que promovem o cortejo da morte, dos sem esperança, que se submergem em suas lágrimas de luto, dor e desespero?

- Temos convicção de que precisamos firmar nossos passos para solidificar nossa fé, renovar nossa esperança e fazer crescer a caridade?

- Colocamo-nos, de fato, no caminho da esperança, da transformação do choro da morte em alegria da vida, ou seja, a fé na Ressurreição?


A Liturgia nos convida também a refletir sobre a nossa esperança: tem as derrotas e as desgraças ofuscando e minando nossa esperança.

- Quais são as esperanças que nos movem?
- Como vivemos esta virtude teologal?

Também na segunda Leitura (Gl 1,11-19), com o Apóstolo Paulo, aprendemos que o Evangelho é sempre uma Boa Nova que possui força vital e criadora, pois é o próprio Deus quem nos fala.

A acolhida do Evangelho nos coloca numa dinâmica profética, num caminho de conversão, gratuidade, missão acompanhada do anúncio e testemunho com a própria vida.

Concluo com as Palavras da Oração Eucarística VI D (para as diversas circunstâncias), muito apropriada para este Domingo:

Pai misericordioso e Deus fiel. Vós nos destes Vosso Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor e Redentor. Ele sempre Se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-Se ao lado dos perseguidos e marginalizados.

Com a vida e a Palavra anunciou que sois Pai e cuida de todos como filhos e filhas...

Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei que, a exemplo de Cristo, e seguindo o Seu Mandamento, nos empenhemos lealmente no serviço a eles.”.

E, como a própria Oração diz, a Igreja será testemunha viva da verdade e da liberdade, da justiça e da paz, e toda a humanidade se abrirá à esperança de um mundo novo.

Renovemos a alegria de participarmos do cortejo da vida, em maior fidelidade ao Senhor e à Sua Igreja, na acolhida, anúncio e testemunho da boa nova, reavivando a chama profética que um dia foi acesa em nosso Batismo.

De verdadeiros Profetas a Igreja e o mundo precisam.

sábado, 8 de junho de 2024

O último olhar é o que conta…

O último olhar é o que conta…

Depois de olhares condenatórios,
Frutos de diálogos assaz calorosos,
Vemos que há outros vãos, ilusórios,
Quando, de fato, somos amorosos.

O último olhar da mãe para um filho
Que por ânsia de liberdade ousou partir.
O último olhar da mãe para um filho,
Sempre pronta ao seu retorno se abrir.

O último olhar do barco que partiu
Levando para outra margem quem amávamos.
O último olhar que contempla seu retorno.
Há de retornar quem sempre esperávamos.

O último olhar para o horizonte
Da derrota eminente e evidente,
Que cede lugar para outro último,
Porque contamos com o Onipotente.

O último olhar para o céu que se fechou
Não será o último olhar a se cristalizar,
A fé no Deus que faz nascer todos os dias
Abre as portas dos céus para nos eternizar.

O último olhar para os números preocupantes
Não devem ser a finalização de sonhos e metas, 
Pães e peixes partilhados; números insuficientes,
Para quem tem fé, abundância e partilhas certas.

O último olhar para o pão e o vinho sobre o altar
É verdadeiramente o que nos alimenta e conta.
O que num primeiro olhar é apenas matéria,
Quando Eucaristizados, algo novo o olhar aponta.

A Eucaristia que olhamos e contemplamos
É o ainda não último olhar que esgota e  conta.
O último olhar que, de fato, nos encanta
É o olhar do Banquete da Eternidade que aponta.

Olhar para o Banquete da Eternidade é o que conta,
Mas por enquanto os olhares se multiplicam.
Olhares que destroem, olhares que edificam,
Olhares que matam, mas há olhares que ressuscitam!

Olhares que passam como nuvem passageira,
Olhares que secam como erva ao entardecer,
Olhares que marcam como perene tatuagem,
A alma, o corpo e todo o nosso ser.

Quando Pedro por Jesus foi apresentado e chamado,
Resposta pronta e imediata nele despontou,
Pois foi fruto de um olhar para além das aparências,
Olhar diferenciado que sua vida encantou.

Reflitamos sobre nossos olhares de cada dia,
E na súplica do Pai Nosso que rezamos,
O pão de cada dia seja também um novo olhar
Dos mais que vencedores, porque n’Ele acreditamos!

Exultemos de alegria no Senhor

                                        

Exultemos de alegria no Senhor 

        ‘O Amigo do homem,fez-Se Homem nascendo da Virgem"

 À luz do Sermão do Bispo de Constantinopla, São Proclo (Séc. V), reflitamos sobre o nascimento de Jesus, nascido de uma Virgem. 

Alegrem-se os céus nas alturas, e que as nuvens façam chover a justiça, porque o Senhor Se compadeceu de Seu povo (cf. Is 45,8). 

Alegrem-se os céus nas alturas porque, quando eles foram criados no princípio, Adão foi igualmente formado da terra virgem pelo Criador. Tornou-se assim amigo e familiar de Deus. 

Alegrem-se os céus nas alturas porque agora, pela Encarnação de Nosso Senhor, a terra foi santificada, e o gênero humano libertado dos sacrifícios idolátricos. 

Que as nuvens façam chover a justiça, porque hoje o pecado de Eva foi apagado e perdoado pela pureza da Virgem Maria e pelo Deus e Homem que dela nasceu. Hoje, Adão, passada a antiga condenação, foi libertado daquela horrível e tenebrosa sentença. 

Cristo nasceu da Virgem, dela recebendo a natureza humana, conforme a livre disposição da Providência divina: A Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14); deste modo, a Virgem se tornou Mãe de Deus. 

Ela é Virgem e Mãe, porque gerou a Palavra encarnada sem participação de homem. Conservou, porém, a virgindade, a fim de pôr em relevo o nascimento miraculoso d’Aquele que assim determinara que fosse. 

Ela é mãe da Palavra divina segundo a substância da natureza humana. Nela, a Palavra se fez homem, nela, realizou a união das duas naturezas e, por ela, foi dada ao mundo, segundo a sabedoria e a vontade d’Aquele que opera prodígios. Como diz São Paulo: Dos Israelitas é que Cristo descende, quanto à Sua humanidade (cf. Rm 9,5). 

Com efeito, Ele foi, é e será sempre o mesmo. Todavia, Se fez homem por causa de nós. Aquele que ama o homem, Se fez Homem, o que antes não era. Mas Se fez homem, permanecendo ao mesmo tempo Deus, sem mudança de espécie alguma. 

Fez-Se, portanto, semelhante a mim por causa de mim. Fez-Se o que não era, conservando, no entanto, o que era. Finalmente, Se fez homem para que, tornando Seus os nossos sofrimentos, nos tornasse capazes da adoção de filhos, e nos concedesse o Reino. 

Que sejamos dignos desse Reino pela graça e a misericórdia do Senhor Jesus Cristo. A Ele, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, sejam dados glória, honra e poder, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém”. 

Refletir sobre o Mistério da Encarnação do Senhor, é sempre enriquecedor para mergulharmos no Mistério do Amor de Deus por nós, como nos é apresentando neste precioso Sermão. 

Transborde nosso coração, pela Encarnação de Nosso Senhor, pois por meio dela: 

- “a terra foi santificada, e o gênero humano libertado dos sacrifícios idolátricos”; 

- “o pecado de Eva foi apagado e perdoado pela pureza da Virgem Maria e pelo Deus e Homem que dela nasceu”; 

- foi passada a antiga condenação de Adão, fomos libertos “daquela horrível e tenebrosa sentença”; 

- Jesus Se fez igual a nós por causa de nós: Fez o que não era, conservando, no entanto, o que era”; 

- Ele Se fez Homem para que, tornando Seus os nossos sofrimentos, nos tornasse capazes da adoção de filhos, e nos concedesse o Reino. 

Alegremo-nos e exultemos no Senhor, pelo Mistério de Sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição.Glorifiquemos ao Pai por meio do Filho na plena Comunhão com o Seu Espírito. Amém.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG