- um coração com marcas da solidariedade, porque aprendiz e servidor da Solidariedade Divina, que não consentiu que ficasse para sempre decaída a humanidade pelo pecado;
sábado, 8 de junho de 2024
O coração do Padre à luz dos mais Belos Corações!
- um coração com marcas da solidariedade, porque aprendiz e servidor da Solidariedade Divina, que não consentiu que ficasse para sempre decaída a humanidade pelo pecado;
No coração de Maria, o fogo da caridade inflamava...
Iluminando as profundezas de nosso coração
sexta-feira, 7 de junho de 2024
Em poucas palavras...
“Maravilhosa aventura da oração e da fé”
“Para que a oração possa obter os resultados surpreendentes da fé, é necessário que, antes, se perdoe aos inimigos; caso contrário, a oração não será ouvida.
Israel perdera a sua fecundidade religiosa porque, explorando o povo simples no templo de Deus, não amava a humanidade e não podia, por conseguinte, correr o risco da maravilhosa aventura da oração e da fé.” (1)
(1) Comentários à Bíblia Litúrgica – Editora Gráfica Coimbra 2 – Editora Paulus – Palheira – pp.1008-1009 – sobre a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 11,11,-26)
Em poucas palavras...
“Os
leigos realizam a sua missão profética também pela evangelização...”
“Os leigos realizam a sua missão
profética também pela evangelização, «isto é, pelo anúncio de Cristo,
concretizado no testemunho da vida e na palavra». Para os leigos, «esta ação
evangelizadora [...] adquire um carácter específico e uma particular eficácia,
por se realizar nas condições ordinárias da vida secular» (Vaticano II – Lumen Gentium
n.35).
«Este apostolado não consiste só no
testemunho da vida: o verdadeiro apóstolo procura todas as ocasiões de anunciar
Cristo pela palavra, tanto aos não-crentes [...] como aos fiéis» (Vaticano II Decr. Apostolicam
actuositatem, 6: AAS 58 (1966) 843: cf. Id, Decr. Ad
gentes, 15: AAS 58 (1966) 965.).”
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 905
“Carta Apostólica Totum Amoris Est” - “Tudo pertence ao amor” (Síntese)
“Carta Apostólica Totum Amoris Est” - “Tudo pertence ao amor”
O título “Tudo pertence ao amor”,
é a expressão do grande legado espiritual por ele deixado, afirma o Papa ao
iniciar a Carta.
São Francisco de
Sales nasceu no dia 21 de agosto de 1567, na Província de Savoia, no castelo de
Sales, foi ordenado Sacerdote em 18 de dezembro de 1593, e ordenado bispo em 8
de dezembro de 1602, morreu no dia 28 de dezembro de 1622
O Papa Francisco
menciona e desenvolve a Carta a partir do célebre “Tratado do Amor
de Deus”, e para São Francisco de Sales, não
havia melhor lugar para encontrar Deus e ajudar a procurá-lo, do que no coração
de cada mulher e homem do seu tempo, afirma o Papa Francisco.
No Prefácio do
Tratado, encontra-se uma síntese do seu modo de proceder: “Na santa Igreja, tudo pertence
ao amor, vive no amor, faz-se por amor e vem do amor”.
A caridade e o
amor é que dão valor às nossas obras, e sua vida e escritos assim expressaram,
de modo que, não foi por acaso que São João Paulo II o chamava de “Doutor
do amor divino”.
Possuía dotes de
mediador, como homem do diálogo, e revelou-se inventor de práticas pastorais
originais e ousadas, como os famosos «panfletos», afixados por todo o lado e
até metidos por baixo da porta das casas.
Deu-se conta de uma
verdadeira «mudança de época», à qual era preciso responder através de linguagens
antigas e novas.
São Francisco de
Sales, controversista hábil e incansável, ia-se transformando, pela graça, num
sagaz intérprete do tempo e extraordinário diretor de almas.
Além de “Tratado do Amor de Deus”,
também escreveu a “Introdução
à Vida Devota”, somado a milhares de cartas de
amizade espiritual.
Sobre São Francisco
de Sales, assim falou o Papa Bento XVI: “É apóstolo, pregador, escritor, homem de ação e
oração; comprometido na realização dos ideais do Concílio de Trento; empenhado
na controvérsia e no diálogo com os protestantes, experimentando cada vez mais,
para além do necessário confronto teológico, a eficácia da relação pessoal e da
caridade; encarregado de missões diplomáticas a nível europeu e de tarefas
sociais de mediação e de reconciliação”.
Seu apostolado
ilumina o nosso tempo na edificação de uma Igreja não autorreferencial, liberta
de toda a mundanidade, mas capaz de habitar no seio do mundo, partilhar a vida
das pessoas, caminhar juntos, escutar e acolher; a fim de que saiamos da preocupação
excessiva conosco, com as estruturas, a imagem social, perguntando antes quais
são as necessidades concretas e as expectativas espirituais de nosso povo,
afirma o Papa Francisco, retomando citações da Evangelli Gaudium.
Os seus escritos,
além do que se disse, é um convite para que nos abramos, com confiança, às asas
ao Espírito, e assim, façamos os voos necessários, pois a graça de Deus não nos
torna passivos, mas protagonistas e concriadores.
Também nos ajuda
na compreensão da falsa e verdadeira devoção, que é o caminho da perfeição e santidade
para todos (como veremos, séculos depois, claramente expresso na Lumen Gentium
– Concílio Vaticano II, sobre a vocação universal à santidade).
Na “Introdução à
Vida Devota”, São Francisco define a falsa devoção, e, segundo o Papa, não é
difícil nela nos revermos, pois é uma descrição graciosa e sempre atual:
“Quem se consagra ao
jejum, pensará que é devoto porque não come, enquanto tem o coração cheio de
rancor; e enquanto não se permite banhar a língua no vinho e nem sequer na água
por amor da sobriedade, não sentirá qualquer escrúpulo em mergulhá-la no sangue
do próximo com a maledicência e a calúnia. Outro pensará que é devoto porque
bisbilha todo o dia uma série interminável de orações; e não dará peso às palavras
más, arrogantes e injuriosas que a sua língua lançará, no resto do dia, aos
servos e vizinhos. Outro ainda levará de bom grado a mão à carteira para dar
esmola aos pobres, mas não conseguirá extrair do coração uma migalha de doçura
para perdoar os inimigos; e outrem, por sua vez, perdoará aos inimigos, mas
pagar as dívidas nem lhe passará pela cabeça; será preciso o tribunal.”
À luz dos seus
escritos, o Papa reflete sobre o êxtase da vida, de modo que, para São Francisco, a vida
cristã nunca acontece sem êxtase e, todavia, o êxtase não é autêntico sem a
vida.
Deste modo, São
Francisco de Sales, com uma imagem muito bela, descreve no mencionado Tratado, o
Calvário como “o monte dos enamorados” – lá e somente
lá, se compreende que “não é possível ter a vida sem o amor, nem o amor sem a
morte do Redentor; mas, fora de lá, tudo é morte eterna ou amor eterno, e toda
a sabedoria cristã consiste em saber escolher bem”.
Encerra a carta
citando o final do seu Tratado, que é a conclusão de um discurso de Santo
Agostinho sobre a caridade:
“Que há de mais fiel que a caridade? Fiel não ao efêmero,
mas ao eterno. Ela tudo suporta na vida presente, pela simples razão que
acredita em tudo sobre a vida futura: suporta todas as coisas que aqui nos são
dadas suportar, porque espera tudo o que lhe foi prometido lá. Justamente nunca
acaba. Por isso praticai a caridade e produzi, meditando-a santamente, frutos
de justiça. E se encontrardes, em louvor dela, outras coisas que não vos tenha
dito agora, que isso se veja no vosso modo de viver”.
Finalmente,
o Papa nos convida a crescer em sua devoção a São Francisco de Sales, e contar
com sua intercessão, a fim de que sejam derramados, abundantemente, os dons do
Espírito no caminho do santo Povo fiel de Deus.
PS: Desejando ler a mensagem na integra, acesse:
https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/20221228-totum-amoris-est.html
Neste Coração manso e humilde...(SCJ)
Retomemos o Sermão do Bispo São João Crisóstomo (séc. IV), que nos fala sobre a humildade e mansidão de coração de Nosso Senhor.