quarta-feira, 3 de abril de 2024

O Cristo Ressuscitado caminha conosco! Aleluia! Aleluia!

O Cristo Ressuscitado caminha conosco! Aleluia!

O Ano Litúrgico (ano B), começa com a quarta-feira de cinzas, e com ela o início do itinerário quaresmal, e fomos convidados à prática dos exercícios quaresmais (oração, jejum e esmola), um tempo de graça e reconciliação com Deus e com os irmãos.

No primeiro Domingo da Quaresma, fomos com Jesus ao deserto, e com Ele aprender e revigorar nossas forças para vencermos as tentações fundamentais da existência humana (ter, ser e poder – acúmulo, privilégios e dominação, respectivamente): aprendemos que nem só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus; que somente Deus pode ser adorado.

No segundo Domingo, subimos com Jesus ao Monte Tabor, e com Pedro, João e Tiago, vimos a manifestação antecipada de Sua glória, diante das testemunhas credíveis (Moisés e Elias), pois Jesus é o pleno cumprimento da Lei e dos Profetas, nestes dois mencionados. Deu esta graça da contemplação de Sua glória, para afastar o escândalo do iminente e aparente fracasso da cruz. Não há Glória sem o mistério da Paixão, morte e Cruz.

No terceiro Domingo, refletimos sobre a ação de Jesus na purificação do templo, e Se apresentando como o verdadeiro Templo, que haveria de ser destruído e reconstruído em três, prefigurando assim o Mistério de Sua Paixão e Morte e Ressurreição.

No quarto Domingo refletimos sobre a fidelidade de Deus à Sua Aliança com o Povo de Deus, e  a expressão máxima de Seu Amor enviando o Seu Filho para que o mundos seja salvo por Ele, pois Deus amou tanto o mundo e não poupou Seu próprio Filho, Jesus.

No último Domingo da Quaresma, refletimos sobre a hora da proximidade da Paixão e Morte do Senhor, a hora de Sua glorificação, quando nos fala do grão de trigo que deve morrer para não ser apenas um grão, mas produzir muitos frutos.

Iniciando a Semana Santa, no Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, acolhemos Jesus em Jerusalém, com cantos, alegria, exultação. Acolhemos o Filho de Davi que veio inaugurar um novo Reino, mas de forma diferente: um rei pobre, despojado de tudo. Com ramos e cantos O acolhemos depositando n’Ele toda a nossa confiança, nossa entrega e fidelidade.

Com a Quinta-feira Santa, pela manhã, celebra-se, de modo especial neste dia, a Missa dos Santos Óleos (batismo, enfermo, crisma), com a renovação das promessas do Ministério Presbiteral diante do Bispo (em alguns lugares pode ser feita em outro dia, atendendo as necessidades e realidades de cada Diocese).

Neste mesmo dia, à noite, com iniciamos com a Santa Missa, o Tríduo Pascal. Celebramos na Missa a instituição da Eucaristia, o Novo Mandamento do Amor que o Senhor nos deu e o rito do lava-pés, aquele gesto que o Senhor fez naquela última ceia, como sinal de humildade, doação e serviço, que todos somos chamados a viver no dia-a-dia.

Na Sexta-Feira Santa, celebramos, às quinze horas, Sua Paixão e Morte: ouvindo a Palavra proclamada, adorando a Cruz e nos alimentando com a Eucaristia, consagrada na Missa da noite anterior, pois neste dia não celebramos a mesma.

É profundo recolhimento acompanhado de oração, jejum e penitência. Também temos encenações, Sermões, teatros que representam a Paixão do Senhor.

No dia seguinte, o Sábado Santo, em que não celebramos nenhum Sacramento, pois estamos esperando o anoitecer para celebrar a Vigília Pascal, a mãe de todas as vígilias, a antiquíssima vigília, como bem nos falou Santo Agostinho. Nesta Vigília temos a Bênção do fogo novo, o acender do Círio Pascal, sinal do Cristo Ressuscitado, a “Luz do Mundo”; a proclamação da Páscoa seguida da riqueza da proclamação da Palavra de Deus (7 leituras, Salmos respectivos, uma epístola e o Evangelho); a renovação batismal e a Liturgia Eucarística.

Quem desta Vigília participa, sente a escuridão ser invadida pela luz, a tristeza da morte do Senhor sendo superada com a alegria de Sua Ressurreição, alegria que transborda no coração e transparece no olhar de todos.

Ao amanhecer, temos o Domingo de Páscoa, e no Evangelho da manhã, vemos Maria Madalena indo ao túmulo e não encontrando o corpo de Jesus, mas a pedra retirada do túmulo. Sai correndo ao encontro dos discípulos e comunica o que viu. Em seguida Pedro e o discípulo que Jesus amava vão também ao túmulo e confirmam que Jesus está vivo – “De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual Ele devia ressuscitar dos mortos” (Jo 20,90).

Com a riqueza da Palavra deste dia, podemos sintetizar em sete verbos a serem conjugados e vividos: amar, correr, ver, acreditar, anunciar, testemunhar e buscar.

Quem ama corre ao encontro do Senhor; vê os sinais de Sua presença e Ressurreição, acredita piamente; e como discípulo missionário, anuncia e testemunha Sua Palavra, a Boa-Nova do Reino, buscando as coisas do alto, onde Deus habita, os valores sagrados do Reino, que devem orientar e iluminar nossa vida, para que tenhamos, agora, vida plena e feliz, e, um dia, a glória da eternidade.

Na Missa do entardecer deste mesmo dia, pode ser proclamado a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 24,13-35), sobre a caminhada de Jesus com os discípulos de Emaús: Jesus caminha com os discípulos que retornavam derrotados para Emaús, explica-lhes as Escrituras, fazendo arder seus corações. Atendendo ao pedido de ambos, pois já entardecia, fica com eles, parte o Pão com eles, e enfim é reconhecido como a presença Viva do Ressuscitado: corações que ardem, olhos que se abrem! Assim se dá em cada Eucaristia que celebramos.

No segundo Domingo da Páscoa celebraremos o “Domingo da Misericórdia”, em que Jesus se manifesta Ressuscitado, entrando pelas portas fechadas, por medo dos judeus; coloca-se no centro da comunidade reunida e lhes comunica a paz; confia continuidade da missão a esta, e também temos a profissão de fé que Tomé faz ao ver e tocar as chagas gloriosas do Ressuscitado (Jo 20,19-31).

Trata-se apenas do início. É preciso continuar o itinerário Pascal,  contemplando as maravilhas que o Senhor fez e faz em nosso favor. 
Amém. Aleluia! Aleluia! 

A Palavra do Senhor realiza maravilhas

                                                              


A Palavra do Senhor realiza maravilhas

Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou:
em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” 
(At 3,6).

Na passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 3,1-10), Pedro e João curam um coxo de nascença sentado à porta do tempo, chamada Formosa.

A cura é realizada, com as palavras dita pelos apóstolos:  “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”  (At 3,6).

Vemos que nosso testemunho da Ressurreição não pode ficar restrito às palavras, que  anunciam e narram a ação de Deus apenas, como vemos nesta cura realizada.

As palavras são acompanhadas de gestos e de ações, para que se torne visível o poder do Ressuscitado, capaz de transformar a vida de todas as pessoas e a vida totalmente.

Crer na Palavra do Ressuscitado e ajudar outros a esperar, a reencontrar o gosto da vida e das relações autênticas, a fim de que se abram ao louvor de Deus.

Crer na palavra do Ressuscitado  é testemunhar com gestos, ainda que simples, mas com total eficácia que, na verdade, Jesus Cristo está Ressuscitado e é o Autor e Senhor da Vida.

Crer na Palavra do Ressuscitado, e se tornar instrumento da ação divina em favor, de modo especial, dos que mais precisarem de nós, como sinais visíveis de Sua misericórdia.

Oremos: 

Exulte sempre o vosso Povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo que, alegrando-se agora por se ver restituído a glória da adoção divina, aguarde o dia da Ressurreição na esperança da felicidade eterna”.

Amém. Aleluia! Aleluia!

A tríplice ação dos Apóstolos

                                                         


A tríplice ação dos Apóstolos

Libertar, curar e firmar os passos

A passagem bíblica: Atos 3, 1-10,  proclamada na quarta-feira da oitava da Páscoa: .

Acontecimento: a cura de um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar, todos os dias, na porta do Templo, chamada formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam.

Ação dos Apóstolos Pedro e João: a cura do mesmo em nome de Jesus, o Nazareno, como assim ouvimos – Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” (At 3,6).

A cura realizada: “Pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar e entrou no Templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus” (At 3, 7-8).

Refletindo

Os Apóstolos continuam a missão de Jesus Cristo Ressuscitado, com o mesmo poder: libertar, curar e firmar os passos daqueles que aderem à Boa-Nova do Evangelho.

Oremos:

Libertai-nos, Senhor, pelo Vosso poder, de toda e qualquer forma de indigência que nos roube a dignidade, o encantamento pela vida, condenando-nos a uma dependência que nos enfraquece e rouba as nossas forças e a graça de amar e servir ao nosso próximo.

Curai-nos, Senhor, pelo Vosso poder, de toda a forma de paralisia, que imobiliza e esvazia nosso ardor e compromisso com a inauguração do Reino de Deus, a fim de que vejamos novas relações marcadas por justiça, fraternidade, amor, vida e paz.

Firmai “nossos pés e tornozelos”, pelo Vosso poder, para que nos coloquemos a Caminho, que sois Vós mesmo, que nos conduz a Deus, na plena comunhão com Vosso Espírito, em frutuosa comunhão fraterna, com vida plena e feliz. Amém. Aleluia!

Senhor, quero falar contigo...

Senhor, quero falar contigo...

Senhor Jesus, 
Vós que Ressuscitastes e estais sentado à direita de Deus,
Sois a luz penetrante que invade minha alma,
Iluminai os lugares mais sombrios e obscuros de minha mente e pensamento,
Para que eu possa no mundo resplandecer a Vossa divina luz:
Com palavras, gestos, renovados compromissos batismais.
 
Senhor Jesus, para quem é impossível ocultar o que sou e quem sou,
Que conheceis o mais profundo de mim, pois bem aqui habitais.
Ajudai-me a perceber Vossa maviosa presença, 

sem jamais o esmorecimento e o pretenso retorno a “Emaús”, 
sem qualquer chama de alegria e esperança.
Reavivai em mim o sonho puro, a doce confiança, 

um coração terno de criança.
Senhor Jesus,  que quereis comigo estabelecer 
uma relação de profundidade/intimidade,
Que eu saiba corresponder à altura, ao Vosso incrível Amor, 
extremado na Morte de Cruz.
Que a lógica por mim vivida preencha todo meu ser.                      
Renove minha postura diante do outro e do mundo, 
porque se meu coração Pelo “fogo devorador” do Vosso Espírito, inflamado, passos firmados na santificação.
Senhor Jesus, que eu tenha coragem de confrontar 
a minha existência com a luz da Vossa Verdade;
Que não haja em mim espaço para a lógica 
da malícia, maldade, crueldade, infidelidade.
Somente pelo Vosso Amor incomparável, indizível, 

quero sedimentar cada momento:
Na família, na Igreja, na sociedade, no mundo, 

impregnado pela Vossa Divina Palavra, 
Nutrir-me do Pão de Imortalidade, 

inebriar-me do Vinho do Sagrado Cálice: 
ser Vosso fermento.
Senhor Jesus, que cada passo dado, 
cada página escrita, com a tinta do Amor
Do Vosso Santo Espírito o tenha sido, 
pois assim esperais de mim, é o que anseias.
Que eu lance âncoras na eternidade, 

num presente vivido em contínuos mergulhos
                          No mar infinito de Vossa misericórdia,                               
caridade, amor, ternura e bondade.
Somente assim serei de fato Pascal, 
buscando a glória da imortalidade.
Senhor Jesus que descestes à mansão triste e escura dos mortos;
Vós que por Amor não evitastes as entranhas obscuras do túmulo;
Que suportastes ser o Grão de Trigo no chão caído, morto,
 
Para que na glória fosseis pelo Pai Ressuscitado, Glorificado.
Que vivendo e crendo em Vós, 

um dia eu seja elevado para o alto, onde estais.
Senhor Jesus, como Vos amo!
Senhor Jesus, como Vos adoro!
Senhor Jesus, como nada ainda Vos amo!
Como nada ainda Vos adoro!
Senhor Jesus, por mais que Vos ame,
Jamais Vos amarei como me amais.
Senhor Jesus, uma súplica última:
Dilatai as medidas de meu coração.
Amém. Aleluia! Aleluia!

Em poucas palavras... (IIDTPB)

 


“Ó Deus de eterna misericórdia...”

“Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”  (1)

 

(1) Oração do dia – 2º Domingo da Páscoa

 

terça-feira, 2 de abril de 2024

DIRETRIZES 2019-2023 – DOCUMENTO 109 - Apresentação e Introdução


DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL
2019-2023 – DOCUMENTO 109 – 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil

APRESENTAÇÃO

“Chamou os que Ele mesmo quis... para estarem com Ele...
e para enviá-los a anunciar
(Mc 3,13-15).
O tempo atual nos desafia:

- renovar as forças missionárias para anunciar a Palavra de Deus:
- construir pontes em lugar de muros;
- oferecer misericórdia de Cristo Jesus como remédio para a vingança;
- reacender a luz da esperança para vencer o desânimo e indiferenças;
- anunciar o Reino de Deus até a plenitude;
- testemunhar a fraternidade e a solidariedade de forma efetiva;
- comprometer-se com a evangélica opção preferencial pelos pobres;
- contribuir para a construção de uma sociedade assentada sobre os valores do Evangelho de Jesus Cristo.

Realidade que vivemos - realidade cultural cada vez mais urbana, com:
- complexidades
- desafios
- oportunidades.

As Diretrizes utilizam a imagem da Casa: para entrar e sair; lugar do acolhimento e envio.
Dois eixos inspiradores: comunidade e missão.
“A Casa é a imagem do que as Diretrizes chamam de comunidades eclesiais missionárias”.

“Comunidades que não geram missionários são tristes expressões da esterilidade de quem perdeu seu rumo na vivência do Evangelho”.

Quatro pilares da Casa:
- Palavra
- Pão
- Caridade
- Ação Missionária.

Objetivo Geral:
EVANGELIZAR no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude”

INTRODUÇÃO

Jesus Cristo – o missionário do Pai – veio anunciar a Nova do Reino: “Reino da verdade e da vida, Reino da Santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz”. (Prefácio da Solenidade de Cristo Rei).

Consiste na nossa missão: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15).

Diretrizes: uma das expressões mais significativas de colegialidade e missionariedade da Igreja no Brasil.

A comunidade eclesial autêntica é necessariamente missionária e gera novas comunidades.

É preciso colocar a missão de Jesus no coração da Igreja.

Quatro Pilares contemplam as cinco as urgências das Diretrizes anteriores:
- Palavra: Iniciação à vida cristã e animação bíblica;
- Pão: Liturgia e Espiritualidade;
- Caridade: serviço à vida plena;
- Ação Missionária: estado permanente de missão.

DIRETRIZES 2019-2023 – DOCUMENTO 109 - Capítulo 1


CAPÍTULO I – O ANÚNCIO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO

“Jesus percorria, então todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino” (Mc 9,35).

Mundo urbano presente na cidade e no campo.

1.1 - Fidelidade a Jesus Cristo, o Missionário do Pai.
Para mim, de fato, o viver é Cristo” (Fl 1,21).
“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá á vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Deus Caritas Est – Papa Bento XVI – 2007).

Um encontro que:
- provoca conversão de vida;
- leva ao discipulado;
- gera comunidade;
- leva a sair em missão.

Dois perigos a serem evitados, conforme lembrou o Papa Francisco na Gaudete et Exsultate: neo-gnosticismo e o neo-pelagianismo:

“Sua racionalidade e suas capacidades intelectuais (gnosticismo) e sua força de vontade e sua capacidade técnica, rejeitando a graça de Deus pela autossuficiência (pelagianismo)”. (DGAE n.15)

Evangelho: “Vinde” e o “Ide” – Jesus que chama é o mesmo que envia (Mc 3,13-15).

1.2 – Igreja: comunidade de discípulos missionários:
- dar testemunho de amor fraterno;
- superar o escândalo da divisão entre os seguidores de Jesus através do respeito;
- diálogo;
- conversão a Cristo;
- que todos sejam um.

1.3 – Missão: anúncio que se traduz em palavras e gestos
Missão não é propaganda, negócio ou um projeto empresarial (EG 279)
Evangelizar “por atração” – anúncio em palavras e gestos
Atos dos Apóstolos: At 2,44-47; 4,32;

O amor fraternidade vivido nas comunidades cristãs despertava nos pagãos uma profunda admiração: “Vede como se amam (...) estão prontos a morrer um pelos outros” (Tertuliano);

Pequenas comunidades: abertas, acolhedoras, misericordiosas e intensa vida evangélica.

A prática da misericórdia na fidelidade a Jesus: “o rosto da misericórdia”.

Amor misericordioso e compassivo: critério de credibilidade para a nossa fé.

1.4 – Cultura urbana: desafio à missão
Ambiguidade do cenário: luzes e sombras:
- emancipação do sujeito;
- a pluralidade;
- O avanço das novas tecnologias para melhor cuidado da vida;
- a globalização pelo secularismo e relativismo;
- a liquidez e indiferentismo.
A Igreja enfrenta um desafio na missão: a transmissão integral da fé no interior de uma cultura, em rápidas e profundas transformações, que experimenta forte crise ética com a relativização do sentido do pecado (DGAE n. 27)

Como evangelizar as cidades numa cultura urbana marcada pelo:
- imediatismo;
- diversificação;
- fragmentação.

“As cidades, embora algumas vezes consideradas assustadoras, devem ser vistas como um ambiente a ser contemplado (EG n.72), na busca dialogal por perceber Deus já presente no meio delas (EG n.71)”.

1.5 – Comunidades eclesiais missionárias no contexto urbano:
Casas da Palavra, do Pão, da Caridade e abertas à Ação Missionária, como lugar da proximidade e confiança, e favorece:
- partilha de experiências;
- ajuda mútua;
- inserção concreta nas diferentes situações;
Partilha da experiência de fé que não é cômoda e nem individualista.
Formar pequenas comunidades missionárias: prioridade da ação evangelizadora.

Os interlocutores da missão (Papa Francisco):
1º - os que frequentam regularmente a comunidade e que conservam a fé católica, mesmo sem participação assídua – desafio: corresponder cada vez mais com toda sua vida ao amor de Deus;

2º - os batizados, porém não vivem mais de acordo com a sua fé – desafio: são chamados à conversão e o compromisso com o Evangelho;

3º - os que não conhecem Jesus Cristo ou que o recusaram – desafio: direito de receber o Evangelho como partilha da alegre experiência do encontro com Jesus Cristo.

A missão exige a sinodalidade,  que significa o comprometimento e a participação de todo o Povo de Deus na vida e na missão da Igreja (DGAE n39).

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG