Com a Carta Carta Encíclica “Lumen Fidei” (A Luz da Fé) de nosso querido Papa Francisco (2014), temos uma valiosa contribuição para que aprofundamento da Fé.
Como ele mesmo disse, a Encíclica já estava quase concluída pelo então Papa Bento XVI, assumindo-a integralmente.
Nas primeiras páginas, nos apresenta o Cristo Ressuscitado, a estrela da manhã que não tem ocaso. Vê-Lo e n’Ele acreditar, é ver com uma luz que ilumina todo o percurso da estrada, ao contrário de afirmar que seja uma luz ilusória.
A fé não é uma ilusão de luz, que impeça o caminho de homens livres rumo ao amanhã, muito pelo contrário. Também não pode ser entendida como um salto no vazio, que fazemos por falta de luz e impelidos por um sentimento cego, ou ainda como luz subjetiva, que consola, mas não pode ser proposta de forma objetiva e comum para iluminar o caminho.
A Carta acena para a urgência de se recuperar o caráter de luz que é próprio da fé, que chama de “luz grande”, não se contentando com pequenas luzes que iluminam por breves instantes, mas insuficientes para desvendar a estrada a ser percorrida.
A luz da fé ilumina toda a existência humana, quando brota do encontro pessoal com o Deus vivo, que nos chama e nos revela o Seu Amor: “Amor que nos precede e sobre o qual podemos apoiar-nos para construir solidamente a vida” (n.4).
A fé “é luz que vem do futuro, que descerra diante de nós horizontes grandes e nos leva a ultrapassar o nosso ‘eu’ isolado abrindo-o à amplitude da comunhão” (n.4). A fé ilumina o presente, como estrela que mostra os horizontes de novos caminhos.
Citando um pequeno diálogo contido na Ata dos Mártires, em que o cristão Hierax responde ao prefeito romano Rústico acerca de seus pais – “O nosso verdadeiro Pai é Cristo, e nossa Mãe é a fé n’Ele”. É Mãe porque faz vir à luz, gerando neles a vida divina, uma nova experiência, uma visão luminosa da existência, pela qual eram prontos para dar testemunho até o fim.
Deste modo, a fé deve ser nutrida e revigorada, porque enriquece a existência humana em todas as suas dimensões.
Finalizando a introdução, apresenta-nos Jesus, a Palavra encarnada, e o Espírito Santo que nos transforma e ilumina o caminho do futuro e faz crescer as asas da esperança, para que percorramos com alegria, no testemunho da fé e caridade.
As virtudes teologais (interligadas) constituem no dinamismo da vida cristã rumo à plena comunhão com Deus.