Um olhar transcendente
Caminhando pela praça, meus olhos se fixam ao que me toca a alma. Em um cenário diferenciado, com um chão tortuoso, tendo o cuidado para não tropeço descuidado, volto meu olhar de modo especial sobre aqueles que edificam e fazem iluminar minha alma, e me levam a voos diferenciados às alturas de um céu azulado.
Meus pensamentos voam contemplando as crianças correndo ao encontro dos braços da mãe, e por elas fotografadas, deitadas na cama que a natureza nos presenteia: a grama do jardim, roseada pelas pétalas do ipê caídas depois do tempo útil e necessário, num eterno círculo de reflorescimento: cair, morrer, fecundar, e um tempo depois novamente vir a florescer e florir.
Na praça, por vezes, somos surpreendidos com pessoas, que rompendo o anonimato, se aproximam, para uma informação ou com o simples propósito de conversar, ainda que aparentemente futilidades, podendo até mesmo vincular relacionamentos, acolhida, orientação, palavras partilhadas, renovando-se para pôr-se a caminho.
Outras vezes os pensamentos voam contemplando pessoas trêfegas, cansadas, agitadas, depois de um dia extenuante, que não percebem que o sol está se pondo no horizonte, para um novo amanhecer, com seus raios e luz que virão nos iluminar e aquecer; e num retorno em meio ao tráfego, quando o semáfaro que não abre, embora programado, como que tivesse que se esperar uma eternidade.
Olho a praça como lugar do aprendizado da expressão da beleza da vida, da convivência harmoniosa, para além das diferenças e anonimatos a serem rompidos. Meus olhos, pela natureza encantados, pelo canto dos pássaros, meus ouvidos e alma tocados.
A sensibilidade para os mínimos acontecimentos nos dão a devida dimensão da grandiosidade e sacralidade e dignidade da vida humana e o zelo pela totalidade da divina criação.
Urge que nossas praças sejam mais valorizadas e cuidadas; um lugar agradável de caminhadas, para cuidado do corpo e do espírito, dos sonhos, dos encontros e reencontros, do refazer-se para o árduo caminho; espaço da convivência, das manifestações, da cordialidade e fortalecimentos de vínculos de justiça, paz e fraternidade.
Enfim, seja a praça a prefiguração da praça celestial, o novo céu e a nova terra, onde caminharemos entre anjos e santos, com a graça da comunhão plena de vida e de amor, em que o Senhor reinará no coração de toda a humanidade, quando o Filho, Jesus, submeterá Àquele que tudo lhe submeteu, para que Deus seja tudo em todos.
“E quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas, então o próprio Filho Se submeterá àquele que tudo lhe submeteu,
para que Deus seja tudo em todos.
E quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas,
para que Deus seja tudo em todos.
E quando todas as coisas lhe tiverem sido submetidas,
então o próprio Filho se submeterá Àquele
que tudo lhe submeteu,
para que Deus seja tudo em todos”
que tudo lhe submeteu,
para que Deus seja tudo em todos”
(1 Cor 15,28).
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