“Ó doce intercâmbio”
Iniciando o Tempo do Advento, oportuno o trecho da Carta a Diogneto (séc. II), em que o autor nos fala do “doce intercâmbio” que Deus faz conosco:
“Deus mesmo entregou Seu próprio Filho com resgate por nós, o Santo pelo transgressor, o inocente pelo mau, o justo pelos injustos, o incorruptível pelo corruptível, o imortal pelo mortal.
Portanto, que outra coisa poderia cobrir nossos pecados, além de sua justiça? Em quem poderíamos nós, maus e ímpios, ser justificados, a não ser somente no Filho de Deus?
Ó doce intercâmbio! Ó obra insondável! Ó benefícios inesperados! A iniquidade de muitos ficou sepultada em um só justo, e a justiça de um bastou para justificar a muitos injustos”
O Advento é um tempo favorável de vigilância, oração e alegre espera d’Aquele que veio, vem e virá ao nosso encontro, o Verbo que Se fez Carne e veio entre nós habitar.
Tempo favorável de contemplarmos este doce intercâmbio, e procurarmos corresponder ao indizível amor de Deus por nós, que não se cansa de vir ao nosso encontro, e nos envolver com Sua infinita misericórdia, porque pecadores somos; com Sua caridade, porque pobres e famélicos de amor, graça, luz e pão, o somos, e outras fomes de múltiplos nomes; com Seu amor, porque nos trata como amigos, e não servos, como Ele mesmo o disse (Jo 15).
Tempo, enfim, (e não percamos tempo), de purificar o nosso coração, para que no Natal Ele encontre merecida e digna moradia. Afinal, é onde Deus quer fazer Sua moradia.
E podemos celebrar este Mistério de Amor no Banquete da Eucaristia, contemplando o mais belo e indizível intercâmbio que a história testemunhou.
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