Com Maria, preparemos o Natal do Senhor
A passagem do Evangelho (Lc 1,39-47), que ouvimos na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, no dia 12 de dezembro, faz parte do chamado “Evangelho da Infância de Jesus”.
É uma “homologese” (gênero literário especial que não pretende ser um relato fidedigno sobre acontecimentos, mas antes uma catequese destinada a proclamar as realidades salvíficas que a fé prega sobre Jesus: que Ele é o Messias, o Filho de Deus, o Deus conosco).
Em resumo, é uma catequese sobre Jesus, e nesta passagem, encontramos três mensagens fundamentais:
- Jesus vem ao encontro da humanidade para redimi-la.
- Sua presença, fruto da ação do Espírito, provoca estremecimento incontrolável de alegria no coração dos que esperam a concretização das promessas divinas: alegria, vida, paz e felicidade.
- Vem ao encontro através da fragilidade e simplicidade dos pobres, que se constituem instrumentos de Deus para a realização da salvação e libertação da humanidade.
É necessário estremecer de alegria, porque somos portadores do Verbo que Se fez e Se faz Carne em nosso coração.
Belém é aqui e agora, que acolhe o Salvador para se tornar uma alegre notícia de vida para os empobrecidos.
A luz brilhará nas trevas para os corações que temem a Deus! Nascerá o Salvador no coração dos que amam e que anseiam pela paz e vida plena.
Acolher e anunciar a proposta de Jesus é o verdadeiro sentido do Natal que vamos celebrar. Demos mais um passo...
Reflitamos:
- Qual a Boa-Nova que anunciamos aos pobres?
- Nosso modo de viver revela que estamos nos preparando para acolher o Verbo que quer fazer morada em nosso coração?
- Quais têm sido os esforços de conversão, mudança radical de pensamentos, atitudes em nossa vida em todos os seus âmbitos?
- quando procuramos o Sacramento da Penitência, para nos reconciliarmos com Deus e com os irmãos, experimentando a alegria da misericórdia e do perdão divinos?
Vivamos este tempo que nos separa da Noite do Natal, no cultivo do silêncio, revisão e preparação do que ainda for preciso.
Mais do que árvores de Natal, amigos secretos, pisca-pisca, ceias fartas, é preciso que nosso coração esteja totalmente limpo, aberto para a acolhida do Verbo que Se fez e Se faz carne sempre, para ficar conosco em qualquer circunstância.
É próprio de quem ama não se separar daquele que se ama. Sendo assim, Deus não Se separa de nós, porque nos ama, ainda que não O amemos o bastante.
Urge um cristianismo mais alegre e contagiante, experimentado e testemunhado na fragilidade de Maria, de Isabel e de tantos outros; portanto, devemos nos tornar, cada vez mais, veículos da mensagem de alegria e jamais veículos fúnebres do Evangelho.
Celebrando esta Festa com Maria, aprendamos fazer do Natal, a Festa de maior correspondência ao Amor divino, indizível, infinito, incompreensível.
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