terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Com Maria, preparemos o Natal do Senhor (12/12)

                                                                    

Com Maria, preparemos o Natal do Senhor

A passagem do Evangelho (Lc 1,39-47), que ouvimos na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, no dia 12 de dezembro, faz parte do chamado “Evangelho da Infância de Jesus”. 

É uma “homologese” (gênero literário especial que não pretende ser um relato fidedigno sobre acontecimentos, mas antes uma catequese destinada a proclamar as realidades salvíficas que a fé prega sobre Jesus: que Ele é o Messias, o Filho de Deus, o Deus conosco).

Em resumo, é uma catequese sobre Jesus, e nesta passagem, encontramos três mensagens fundamentais:

- Jesus vem ao encontro da humanidade para redimi-la.

- Sua presença, fruto da ação do Espírito, provoca estremecimento incontrolável de alegria no coração dos que esperam a concretização das promessas divinas: alegria, vida, paz e felicidade.

- Vem ao encontro através da fragilidade e simplicidade dos pobres, que se constituem instrumentos de Deus para a realização da salvação e libertação da humanidade.

É necessário estremecer de alegria, porque somos portadores do Verbo que Se fez e Se faz Carne em nosso coração.

Belém é aqui e agora, que acolhe o Salvador para se tornar uma alegre notícia de vida para os empobrecidos.

A luz brilhará nas trevas para os corações que temem a Deus! Nascerá o Salvador no coração dos que amam e que anseiam pela paz e vida plena.

Acolher e anunciar a proposta de Jesus é o verdadeiro sentido do Natal que vamos celebrar. Demos mais um passo...

Reflitamos:

- Qual a Boa-Nova que anunciamos aos pobres?
- Nosso modo de viver revela que estamos nos preparando para acolher o Verbo que quer fazer morada em nosso coração?

- Quais têm sido os esforços de conversão, mudança radical de pensamentos, atitudes em nossa vida em todos os seus âmbitos?

- quando procuramos o Sacramento da Penitência, para nos reconciliarmos com Deus e com os irmãos, experimentando a alegria da misericórdia e do perdão divinos?

Vivamos este tempo que nos separa da Noite do Natal, no cultivo do  silêncio, revisão e preparação do que ainda for preciso.

Mais do que árvores de Natal, amigos secretos, pisca-pisca, ceias fartas, é preciso que nosso coração esteja totalmente limpo, aberto para a acolhida do Verbo que Se fez e Se faz carne sempre, para ficar conosco em qualquer circunstância.
É próprio de quem ama não se separar daquele que se ama. Sendo assim, Deus não Se separa de nós, porque nos ama, ainda que não O amemos o bastante.

Urge um cristianismo mais alegre e contagiante, experimentado e testemunhado na fragilidade de Maria, de Isabel e de tantos outros; portanto, devemos nos tornar, cada vez mais, veículos da mensagem de alegria e jamais veículos fúnebres do Evangelho.

Celebrando esta Festa com Maria, aprendamos fazer do Natal, a Festa de maior correspondência ao Amor divino, indizível, infinito, incompreensível.

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG