Advento de novos tempos
“Eu vejo, mas não para já; contemplo-o, mas ainda não próximo:
Uma estrela surge de Jacob e um cetro se ergue de Israel.”
Uma estrela surge de Jacob e um cetro se ergue de Israel.”
(Nm 24, 17a)
Quero o olhar de Balaão, um olhar penetrante,
Que não se detenha na superfície das coisas.
Quero a possibilidade, como teve com Balaão,
De apontar algo novo que vai além das aparências.
Quero saber perscrutar em profundidade
Os inesgotáveis Mistérios do amor e da bondade de Deus.
Quero compreender a frágil condição humana,
Reaprender, a cada dia, o reerguer necessário.
Quero cair em êxtase como Balaão, e ver no horizonte
O inédito que Deus tem sempre a nos oferecer.
Quero abrir os olhos e nele deitar o colírio da fé,
Para renovar no coração a esperança e a caridade.
Quero ver cair os espessos véus,
Que ocultam o Projeto de Deus desde sempre.
Caiam os véus do orgulho, das paixões destrutivas,
Dos interesses mesquinhos, dos preconceitos dilacerantes.
Caiam todos os véus da mentira e da maldade,
Para que acolhamos a Divina Luz da Verdade e Bondade: Jesus.
Caídos os véus, abram-se as cortinas, para que
Possamos ver os acontecimentos e as pessoas com o olhar de Deus.
Abram-se as cortinas, para vislumbrarmos novas relações;
Novos tempos, novos brotos, novos frutos.
Cortinas abertas e véus caídos ao chão,
O céu fica bem mais perto da terra: novo tempo, sinais do Reino. Amém.
PS: Fonte inspiradora: (Nm 24, 2-7.15-17a), proclamado na segunda-feira da terceira semana do Advento e Lecionário Comentado- Editora Paulus - Lisboa - 2011 - p. 142.
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